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Rui Rio: "A geringonça começou a escangalhar-se há um ano"

28 de janeiro de 2019 às 14:45

O presidente do PSD justifica a "enorme onda de greves" com o descontentamento perante o "falhanço claro" do Governo que está "a distribuir tudo o que tem".

O presidente doPSDafirmou esta segunda-feira que "a geringonça começou a escangalhar-se há um ano", justificando a "enorme onda de greves" com o descontentamento perante o "falhanço claro" doGovernoque está "a distribuir tudo o que tem".

"Esta onda enorme de greves demonstra o falhanço claro do Governo porque, mesmo estando a distribuir tudo o que tem, não consegue parar o descontentamento popular. Como é que não vai ser no futuro? O Governo devia ter apostado no futuro e não o fez", observouRui Rioem declarações aos jornalistas após uma reunião com Associação de Jovens Agricultores de Portugal, na sede do partido no Porto.

Questionado sobre se a contestação popular se deve a alguma ação da esquerda e se a geringonça está a escangalhar-se, Rui Rio respondeu que "já se começou a escangalhar há um ano", sublinhando não ver "da parte dos partidos de esquerda tanto poder politico que dê para pôr tantas pessoas na rua".

Para o líder do PSD, as pessoas têm feito greve por "razões de descontentamento real ligadas à sua atividade profissional", e não por motivações políticas.

"O que é absolutamente evidente é que temos um Governo em Portugal há quatro anos que apostou no presente. Todas as folgas orçamentais que o crescimento orçamental permitiu foram para distribuir. Tudo o que havia foi distribuído", observou Rio.

Segundo o presidente social-democrata, "isso pressupunha que descontentamento popular viesse no futuro".

"Mas esse descontentamento surge já no presente, quando estão a dar tudo o que têm", alertou.

Questionado sobre a greve dos magistrados, Rio disse ter "muita dificuldade" em comentá-la, por entender "que os órgãos de soberania não devem fazer greve".

"Sendo [greve de] órgãos de soberania, não entendo", afirmou.

Para Rio, "os juízes ou são funcionários públicos, e fazem greve, ou são órgãos de soberania".

Os magistrados do Ministério Público admitiram no sábado realizar mais dias de greve, além dos já decretados para 25, 26 e 27 de fevereiro, bem como uma concentração frente ao parlamento, quando for a plenário o estatuto da classe.

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