Fogo e perseguições de carro no centro de Lisboa. Junta preocupada com ruído devido a Netflix
Zonas de Alfama, Baixa, Castelo, Chiado e Mouraria vão ser o cenário de uma produção da plataforma de streaming. Câmara de Lisboa terá mostrado entusiasmo, mas junta pede medidas.
Em julho, a zona da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, será cenário de uma produção da plataforma destreamingNetflix. Num comunicado publicado no Facebook, intitulado "Filmagens prolongadas e com ruído durante oito noites condicionam direito ao descanso em Santa Maria Maior", o executivo da Junta "manifesta a sua apreensão e oposição face à possibilidade de ocupação abusiva do espaço público prevista num plano de filmagens noturnas apresentado pela produtora Ready to Shoot, numa produção para a Netflix, pelo impacto negativo que estas filmagens – oito noites seguidas e dois dias – causarão na qualidade de vida, no direito ao descanso e tranquilidade e no direito à mobilidade dos moradores das zonas contempladas".
Esta junta de freguesia alberga as zonas de Alfama, Baixa, Castelo, Chiado e Mouraria.
"Estas filmagens, previstas para o mês de julho próximo, no horário compreendido entre as 18h e as 8h do dia seguinte, durante as já referidas oito noites seguidas, recorrendo a efeitos de fogo, armas de fogo, colisões entre automóveis, perseguições com automóveis e motociclos, perseguições de motociclos pelas escadas e escadinhas dos bairros e outros diversos efeitos especiais na Baixa, Chiado e Mouraria, não deixarão de provocar um grande incómodo para a população residente, sobretudo para as famílias com crianças e para os idosos", alerta o executivo liderado por Miguel Coelho. "Está em causa o direito ao descanso dos moradores, assim como os direitos de circulação, acesso e estacionamento, em consequência da ocupação massiva que as filmagens acarretam."
O presidente da junta lamenta que Carlos Moedas "tenha já manifestado o seu entusiasmo pela sua realização, sem primeiro conhecer a opinião ou parecer da Junta de Freguesia", e que só a Câmara Municipal de Lisboa pode "impedir estas filmagens tal como estão previstas".
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