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Demolições no bairro da Jamaica no Seixal foram retomadas esta sexta-feira

12 de abril de 2019 às 14:20

Obras recomeçaram quatro meses depois de terem sido suspensas devido a uma providência cautelar da Urbangol.

As demolições nobairro da Jamaica, noSeixal, distrito de Setúbal, foram retomadas esta quarta-feira, quatro meses depois de terem sido suspensas devido a uma providência cautelar da Urbangol, empresa detentora do terreno, informou a Câmara do Seixal.

Em dezembro de 2018, a Urbangol interpôs uma ação em tribunal que impediu a autarquia de continuar com a demolição do edifício 10, em Vale de Chícharos, mais conhecido como bairro da Jamaica.

Em declarações à agênciaLusa, o presidente da câmara, Joaquim Santos (CDU), revelou que "felizmente foi possível chegar a um acordo com o proprietário do terreno e edifício" e que hoje as demolições já estão a ser concretizadas.

"Esperemos que daqui a três ou quatro semanas o edifício esteja completamente em baixo. É um sinal importante para dar esperança à restante população que aqui está de que o processo não está parado", referiu.

O autarca adiantou também que o município já está a programar a segunda fase de realojamentos, o que espera que aconteça ainda este ano.

"Até ao final do ano queremos concretizar o realojamento de mais 74 famílias e a demolição de mais três edifícios", avançou.

Em 20 de dezembro do ano passado terminou a primeira fase de realojamentos dos moradores do lote 10, em que 187 pessoas foram distribuídas por 64 habitações de várias zonas do concelho, segundo a Câmara Municipal do Seixal.

O acordo para a resolução da situação de carência habitacional neste bairro foi assinado em 22 de dezembro de 2017, numa parceria entre a Câmara do Seixal, o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e a Santa Casa da Misericórdia do Seixal.

No total, esta cooperação visa o realojamento de 234 famílias e tem um investimento total na ordem dos 15 milhões de euros, dos quais 8,3 são suportados pelo município.

O bairro começou a formar-se na década de 90, quando populações que vinham dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) começaram a fixar-se nas torres inacabadas, fazendo puxadas ilegais de luz, água e gás.

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