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CGTP diz que serviços mínimos põem em causa "direito que é conquista do 25 de Abril"

08 de agosto de 2019 às 13:26

Serviços mínimos "na prática, são máximos", critica central sindical. Foram decretados serviços entre 50% e 100%.

ACGTP-INanunciou hoje que discorda do despacho do Governo sobre os serviços mínimos para a greve de motoristas, considerando que este põe em causa "um direito que é conquista do 25 de Abril".

Num comunicado enviado às redações, a central sindical considerou que "o Governo do PS, que nas questões do trabalho e dos trabalhadores converge com o PSD e o CDS e conta sempre com o apoio dos patrões e da UGT", decretou serviços mínimos "que, na prática, são máximos".

A CGTP vai mais longe e afirma que, tanto a greve de enfermeiros, no início do ano, e mais recentemente a greve de motoristas de matérias perigosas "alimentaram uma intensa campanha para atacar e limitar o direito do exercício de greve".

A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), afeta à CGTP, não se juntou a esta greve com início marcado para segunda-feira, tendo prosseguido as negociações do acordo coletivo de trabalho com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram).

O Governo decretou na quarta-feira serviços mínimos entre 50% e 100% para a greve dos motoristas de mercadorias que se inicia na segunda-feira por tempo indeterminado, depois das propostas dos sindicatos e da associação patronal Antram terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluíam trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.

Também na quarta-feira, o Governo decretou, preventivamente, estado de emergência energética, no âmbito do pré-aviso de greve, permitindo a constituição da Rede Estratégica de Postos de Abastecimento (REPA), com 54 postos prioritários e 320 postos de acesso público.

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que acusam a Antram de não querer cumprir o acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

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