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Autárquicas. Hugo Soares critica “mealheiro” do PS em Sintra e quem confunde “cidadãos com hambúrgueres”

Lusa 19 de setembro de 2025 às 07:41

Líder parlamentar social-democrata começou por dizer que “Sintra não precisa de ninguém do Seixal”, ao referir-se a Rita Matias do Chega.

O secretário-geral do PSD lamentou esta sexta-feira que nos últimos 12 anos o PS apenas tenha investido num “mealheiro” em vez de obra, criticando candidaturas que prometem o que não fizeram no governo e quem “confunde cidadãos com hambúrgueres”.
Hugo Soares critica PS em Sintra por "mealheiro" em vez de obra Mariline Alves
“Para garantir a segurança em Sintra, e no país, estamos cá nós, para receber e acolher imigrantes, porque nós queremos receber gente, nós precisamos de receber gente, mas receber com responsabilidade e humanidade”, e “não precisamos que venha alguém do Seixal para aqui, para confundir cidadãos com hambúrgueres”, afirmou Hugo Soares. O também líder parlamentar social-democrata, na apresentação da candidatura de Marco Almeida à câmara sintrense pelo PSD, IL e PAN, começou por dizer que “Sintra não precisa de ninguém do Seixal”, é “dos sintrenses” e “não precisa de ninguém que venha cá dizer como é que se faz”, quando “ainda por cima não sabem como é que se faz”. O deputado referia-se à candidata do Chega, Rita Matias, aludindo à recente polémica com o líder do partido de extrema-direita, André Ventura, que criticou a deslocação do Presidente da República a um , confundindo cidadãos com hambúrgueres.
Mas a candidata do PS e Livre, Ana Mendes Godinho, também foi criticada por Soares, por prometer “hoje aquilo que nunca conseguiu fazer, nem nunca quis fazer”, enquanto integrou o governo socialista. O social-democrata recordou que, no parlamento, em 2024, o PS “apressou-se a levar a votação o fim das portagens nas chamadas ex-Scut [autoestradas sem custos para o utilizador]", e juntou-se “ao Chega”, e “juntos eliminaram as portagens” sem querer dos custos. “Não quiseram saber se o Governo tinha, ou não tinha, outra estratégia para a mobilidade em Portugal. Juntaram-se os dois e, legitimamente, acabaram com as portagens”, referiu, lamentando que “quem governou durante oito anos” tenha sido preciso “passar para a oposição” para tomar decisões que “sabiam que não deviam tomar e que não eram responsáveis”. “Uma candidata a autarca que no governo diz uma coisa e que na oposição promete outra, não pode ter a confiança dos sintrenses”, atirou, numa alusão à promessa da antiga ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social de o município assumir a isenção de portagens na A16 para moradores, trabalhadores e empresas do concelho. Hugo Soares recuou ao mandato de Fernando Seara, que se candidata à assembleia municipal, considerando que “Sintra teve 12 anos de crescimento histórico”, para salientar que, se Seara não queria ser eleito e “fez o que fez”, os sintrenses que “imaginem o que vai acontecer nos próximos 12 anos com alguém que quer muito, que quer mesmo muito, ser presidente da câmara”, numa referência a Marco Almeida. “Uma câmara municipal não é um mealheiro. De que vale a pena termos 300 ou 400 milhões de euros no banco, quando as ruas estão esburacadas, não estão limpas, não há desenvolvimento, não há apoios sociais”, a “vila não cresce, não há apoio às freguesias”, questionou o social-democrata, notando que o investimento realizado podia ter sido “alavancado em fundos comunitários”. O secretário-geral do PSD admitiu que Marco Almeida, que se candidata pela terceira vez, teria avançado com ou “sem apoio” partidário, porque a sua “candidatura vale muito mais que os partidos que a compõem”. “Para ganharmos esta eleição, que vai ser uma eleição disputada até ao fim, vai ser uma eleição difícil, nós vamos precisar muito mais do que aqueles que votam sempre no PSD, na Iniciativa Liberal, no PAN”, vincou. Na sua intervenção, Fernando Seara dirigiu-se a Manuela Ferreira Leite, mandatária da candidatura de Marco Almeida, dizendo que iam “fazer as pazes”, recordando que em dezembro de 2001 ganhou a câmara à socialista Edite Estrela “sem querer” e quando a então presidente da distrital de Lisboa do PSD se deslocou a Sintra numa “noite chuvosa” para o cumprimentar, lhe disse “doutora, desapareça”, pois “alterou por completo” a sua vida. O também advogado e comentador desportivo admitiu que fez “mal nesse dia”, como “em outros momentos” da sua vida, e agradeceu à antiga ministra social-democrata. Passando em revista a obra realizada em três mandatos, Seara considerou o seu antigo vice-presidente como “um homem sem medo dos grandes poderes informais e até dos formais”, e que “a sua preocupação são os cidadãos, os sintrenses, sempre os sintrenses, que nunca abandonou, nem de certo abandonará”.
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