Sábado – Pense por si

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto
12 de fevereiro de 2021 às 20:01

O monstro cresce em silêncio para nos apanhar de surpresa

No início de 2020 o autoproclamado Estado Islâmico enfrentava uma pressão sem precedentes. A Covid-19 permitiu-lhe respirar - e reagrupar-se. Estará história a repetir-se?

Quando no final de 2011 as forças norte-americanas começaram a retirar do Iraque, o então Estado Islâmico do Iraque estava à beira da extinção. A maioria dos seus líderes tinham sido presos ou mortos e o número de atentados no país tinha diminuído consideravelmente. O sucesso das operações militares contra o grupo terrorista baseara-se numa aliança entre o governo xiita em Bagdade e os líderes tribais sunitas que tinham perdido privilégios após a deposição de Saddam Hussein, com o apoio militar dos EUA. Mas, apesar dos apelos à manutenção da aliança, após a saída das tropas americanas tudo ruiu. O governo então liderado por Noura al-Maliki não só desmobilizou 85 mil dos 100 mil sunitas que lutaram contra o grupo terrorista como decidiu perseguir uma boa parte deles por terem colaborado com o regime de Saddam.

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