Sábado – Pense por si

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto
13 de outubro de 2022 às 08:00

Sensação de impunidade

Ao primeiro governo socialista de António Costa colou-se a imagem do executivo composto por familiares e amigos. O atual arrisca-se a ficar conhecido pelo Governo das incompatibilidades que passam impunes.

Durante muito tempo, ocupar um cargo de poder no Estado era visto como um caminho para o enriquecimento. Pessoal e daqueles que se encontravam mais próximos. Era assim na Monarquia, por inerência do regime. No Estado Novo, por sistema e sobrevivência – basta ler a correspondência de António Oliveira Salazar para se perceber como estava implantada a cultura da troca de favores. Mesmo nas quase cinco décadas de democracia multiplicaram-se as histórias de responsáveis públicos que se rodeavam de familiares ou conterrâneos nos serviços que dirigiam. Ou dos políticos que após passagens pela governação enriqueceram subitamente.

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