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Durante anos o FCP alimentou-se da forma como a capital e a imprensa de Lisboa menosprezavam e procuravam diminuir, ostensiva e insidiosamente, os feitos do FCP e todo o excelente trabalho desenvolvido pelo clube que fazia com que o mesmo fosse uma referência a nível mundial.
O FCP, sob a liderança de Pinto da Costa, tinha encontrado no centralismo e na imprensa de Lisboa a combustão que permitiu ao clube blindar-se, unir-se e arregimentar tropas de toda uma região com vista a um combate comum: vencer Lisboa e o preconceito e desprezo que algumas pessoas e instituições da capital revelavam perante a principal bandeira do Norte.
Daí que um Porto vs Benfica passasse a ser muito mais que um jogo de futebol, era verdadeiramente a expressão máxima do combate do Norte contra o Sul.
O FCP procurou sempre não deixar morrer essa causa dado que a mesma constituía o boost que permitia, muitas vezes, fazer a diferença, e alguns idiotas úteis de Lisboa acabaram por ser uns preciosos e inestimáveis colaboradores nessa missão ao fornecer, abundante e frequentemente, razões e motivos para que a dita perdurasse e tivesse razão de ser.
Com efeito, o estrondoso sucesso do FCP em termos internos e internacionais, fruto da maior competência, sagacidade, capacidade de trabalho, espírito de superação e talento do FCP, foi sempre desvalorizado e justificado por muita imprensa e opinião pública e publicada de Lisboa como resultado de uma política desportiva assente em fruta e café com leite como se o FCP precisasse de fretes de terceiros para ter sucesso desportivo com Artur Jorge, Ivic, Bobby Robson, António Oliveira, José Mourinho, Jesualdo Ferreira e André Villas Boas.
Sim, os factos que envolveram o caso apito dourado foram eticamente reprováveis e jamais deviam ter sucedido, mas o FCP construiu a sua hegemonia e conquistou Portugal, a Europa e o Mundo porque era, indiscutivelmente, o melhor e trabalhava muito melhor do que todos os outros.
Tudo o resto são desculpas para justificar fracassos próprios.
Sucede que, décadas depois, a ideia do inimigo comum e o discurso bélico contra a capital e a imprensa de Lisboa passou a ser entediante e a ter apenas como objectivos primordiais abafar todo e qualquer sinal de oposição interna no FCP, procurando solidificar-se, assim, os alicerces de uma Direção que davam sinais evidentes de estarem prestes a ruir, e desviar as atenções dos sócios do FCP para a podridão que, cada vez mais, alastrava no clube e que ia desde o nepotismo, aos negócios e negociatas, à relação promíscua com a claque, à gestão danosa e irresponsável, aos prémios imorais e ao enriquecimento indecoroso de uma corte que fazia do clube o seu quintal.
Daí que, quando qualquer protocandidato se perfilava para desafiar Pinto da Costa nas urnas, era imediatamente acusado por si e pelo seu séquito de estar ao serviço da capital e da imprensa de Lisboa.
Foi assim em 2016 com o vislumbre tímido de uma eventual candidatura de Vítor Baía, então opositor de Pinto da Costa mas que viria pouco tempo depois a render-se aos encantos do mesmo e das regalias da SAD, voltou a ser assim recentemente, de uma forma muito mais agressiva até porque o candidato oferecia outro tipo de perigos, com André Villas Boas.
E enquanto alguns sócios e adeptos do FCP cediam a esta manipulação pérfida e se digladiavam nas redes sociais contra os tais inimigos, alguns encontrados dentro da própria casa por se limitarem a evidenciar que o rei ia nu, Pinto da Costa almoçava e passava férias com o amigo Luís Filipe Vieira, convidava o Director da Abola para os Dragões de Ouro, concedia diversas entrevistas à imprensa inimiga da capital e até acompanhava o "tal canal" cujo nome até se eximia de proferir para acentuar a sua repulsa ao mesmo, isto já para não falar dos "exclusivos" com que elementos de destaque da estrutura do FCP brindavam jornalistas amigos da dita imprensa da capital, num misto de hipocrisia e desfaçatez.
Dito isto, é bom que nos mentalizemos, de uma vez por todas, que o futebol não é uma guerra e que nele não cabem sentimentos de ódio.
O FCP tem rivais, não inimigos.
A competência, o trabalho, o talento e a exigência é o que nos aproxima do sucesso.
A nossa idiossincrasia, a nossa cultura muito própria de clube que é o símbolo e reflexo de uma cidade e das suas gentes, é o que nos leva a alcançá-lo.
É a conjugação daqueles factores e traços distintivos que fazem e sempre fizeram com que no FCP não haja impossíveis.
2. O último fim de semana ficou marcado por dois resultados absolutamente extraordinários de dois grandes atletas portugueses.
Enquanto João Almeida brilhava no fantástico e dificílimo Tour e conseguia um incrível segundo lugar na geral dos ciclistas terrenos (sim, porque Pogacar e Vingegaard não são deste planeta e como tal não entram nas contas deste rosário), Nuno Borges conseguia o brilhante feito de bater na final de terra batida de Bastad, o melhor tenista de sempre naquele piso e um dos melhores da história desta modalidade, Rafael Nadal.
Dois grandes campeões que enchem de orgulho qualquer português.
Há quem ainda não consiga encarar um FC Porto sem Pinto da Costa, tal era o culto da personalidade que cultivavam, e mostre resistência em estar de corpo e alma com o clube, aproveitando qualquer momento menos bom para apoucar quem dirige os destinos do FC Porto.
É inegável que o FC Porto ficou mais fraco com o fim do mercado de Janeiro e que a luta pelo título parece ser cada vez mais uma miragem, mas aproveitemos os próximos meses pela frente para trabalhar as novas ideias do treinador, fazer crescer os jovens jogadores do plantel e lutar pelo acesso à tão importante Champions League.
Se no FC Porto não há anos zero, este será o ano zero de Martin Anselmi que deverá lançar as bases para termos um FC Porto competente e muito melhor preparado no futuro.
O tempo que avaliará Anselmi não é o tempo dos adeptos que exigem respostas imediatas em campo e resultados desportivos à altura dos pergaminhos do FC Porto.
Perante este cenário grotesco, que permite perceber melhor como é que uns iam enriquecendo enquanto o clube ficava cada vez mais perto do abismo financeiro, não é possível nem aceitável que não se extraiam consequências desta auditoria. Só assim estaremos a ser implacáveis com quem tiver lesado o FC Porto.
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