É inegável que o FC Porto ficou mais fraco com o fim do mercado de Janeiro e que a luta pelo título parece ser cada vez mais uma miragem, mas aproveitemos os próximos meses pela frente para trabalhar as novas ideias do treinador, fazer crescer os jovens jogadores do plantel e lutar pelo acesso à tão importante Champions League.
1.O mercado de Inverno esteve a um pequeno passo de ser desportiva e financeiramente fantástico para o FC Porto pois aliado à venda fabulosa de Galeno por uns absurdos 50 milhões de euros, o FC Porto procedeu ainda à rescisão contratual de um dos jogadores mais caros e menos utilizados do plantel (Wendell) e à contratação de dois jovens jogadores que parecem ter talento e qualidade para virem a dar, no futuro, rendimento desportivo e financeiro ao FC Porto.
Sucede que no último dia do mercado apareceu o Manchester City a bater o valor da cláusula de rescisão de Nico Gonzalez e lá acabamos por ficar sem o nosso melhor e mais influente jogador, o autêntico cérebro da equipa e o único jogador capaz de construir jogo com qualidade, critério e criatividade, constituindo esta venda uma autêntica machadada fatal nas nossas aspirações desportivas este ano pois se tudo já era difícil mas possível com Nico, não vejo em que medida é que a perda do melhor número 8 do nosso campeonato possa tornar a tarefa hercúlea mais exequível.
Bem sei que muitos adeptos do FC Porto ficaram desapontados com o facto de a SAD do FC Porto não ter conseguido arranjar do pé para a mão um substituto de Nico Gonzalez mas convém que todos tenhamos consciência que, não obstante a SAD ter vários jogadores identificados e sobre os quais apresentou propostas, este mercado de Janeiro é muito particular pois a esmagadora maioria das transferências diz respeito a jogadores que são pouco utilizados nos seus clubes ou que são objecto de propostas irrecusáveis, não se encontrando o FC Porto em condições financeiras de entrar em loucuras, nem sendo os alvos referenciados jogadores que pouco ou nada jogavam.
E se o tal jogador que se falava que poderia vir substituir Nico Gonzalez era Tomas Handel, então sou forçado a dizer que até acaba por ser uma boa notícia que a SAD do FC Porto tenha acabado por não contratar ninguém pois a gastar-se o pouco dinheiro que temos que seja para trazer algum jogador que venha a ser uma verdadeira mais valia e tenha características mais próximas de Nico.
É inegável que o FC Porto ficou mais fraco com o fim do mercado de Janeiro e que a luta pelo título parece ser cada vez mais uma miragem, mas aproveitemos os próximos meses pela frente para trabalhar as novas ideias do treinador, fazer crescer os jovens jogadores do plantel e lutar pelo acesso à tão importante Champions League.
2.Este ano parece que tudo o que é surreal acontece ao FC Porto.
Depois de no jogo anterior termos perdido dois pontos ao falhar duas grandes penalidades, uma delas no último minuto de jogo em que Galeno desperdiça depois a recarga a poucos metros de uma baliza deserta, no último jogo em Vila do Conde sofremos dois golos dignos dos apanhados.
Li por aí que aquelas prebendas deveram-se ao facto de os centrais não estarem ainda preparados ou confortáveis neste novo modelo de jogo de Anselmi, como se algo pudesse justificar erros daquela magnitude que nem juniores cometem.
Ademais, é ainda absurdo ligar aqueles erros às novas ideias de jogo de Anselmi pois em nenhum daqueles lances os centrais do FC Porto estavam a procurar sair a jogar desde trás.
Na verdade, no primeiro golo Nehuen Perez procura lateralizar a bola para outro central e no lance de Otávio este tenta atrasar a bola para Diogo Costa, pelo que é melhor pararem com essa ladainha pois o que aqueles erros (que não são virgens) revelam é que há jogadores no FC Porto que não parecem estar à altura da grandeza e ambições do clube.
E se quanto a Otávio já disse e reitero que não oferece o mínimo de garantias para fazer o lugar, Nehuen Perez não pode ser (e quero muito acreditar que não seja) esta amostra de jogador que estes primeiros 6 meses revelam pois o valor que envolveu a sua contratação reclama e exige mais do jogador, nomeadamente que seja um verdadeiro patrão da defesa e não um jogador inseguro, com dificuldades em respeitar um alinhamento defensivo e que exibe, por vezes, desconcentrações inexplicáveis.
3. A nova Direcção do FC Porto tem feito um trabalho absolutamente notável ao nível da transparência, relação com os sócios, credibilização do clube, boas práticas e gestão financeira, dando passos firmes e seguros na moralização, recuperação e sustentabilidade financeira do clube que tanto ansiávamos.
No âmbito da gestão desportiva e não obstante reconhecer que, contra todas as expectativas, foi construído um plantel que oferecia garantias para lutarmos pelo título, foram cometidos alguns erros no decorrer do percurso que acabaram por penalizar a nossa época desportiva, sendo o despedimento tardio de Vítor Bruno o mais impactante de todos.
Liderar é decidir e decidir vem por vezes acompanhado do erro pois só não erra quem não decide.
Importa, pois, extrair ilações do que correu mal e preparar, desde já, com minúcia a próxima época pois há um plantel para reconstruir e vários novos jogadores para contratar, cujo impacto no onze tem de ser imediato.
O projecto desportivo do FC Porto não será abalado se em vez de contratarmos meninos talentosos de 19/20 anos, que já os temos em número considerável, formos em busca de jogadores igualmente jovens mas que tenham já alguns anos de futebol a este nível pois estes estarão mais preparados para responder às exigências imediatas e desafios que teremos no próximo ano.
Não espero promessas de títulos nem troféus mas capacidade e competência para lutar por cada um deles.
Sei que tudo será feito para colocar o FC Porto novamente na senda das vitórias e que quem dirige os destinos do clube procurará, incessantemente, voltar a dar alegrias aos sócios e adeptos do FC Porto, servindo e colocando os interesses do FC Porto sempre acima de tudo e todos.
A salvação do clube já foi conseguida.
Tragam-nos agora a capacidade para ir em busca do sucesso desportivo.
Há quem ainda não consiga encarar um FC Porto sem Pinto da Costa, tal era o culto da personalidade que cultivavam, e mostre resistência em estar de corpo e alma com o clube, aproveitando qualquer momento menos bom para apoucar quem dirige os destinos do FC Porto.
É inegável que o FC Porto ficou mais fraco com o fim do mercado de Janeiro e que a luta pelo título parece ser cada vez mais uma miragem, mas aproveitemos os próximos meses pela frente para trabalhar as novas ideias do treinador, fazer crescer os jovens jogadores do plantel e lutar pelo acesso à tão importante Champions League.
Se no FC Porto não há anos zero, este será o ano zero de Martin Anselmi que deverá lançar as bases para termos um FC Porto competente e muito melhor preparado no futuro.
O tempo que avaliará Anselmi não é o tempo dos adeptos que exigem respostas imediatas em campo e resultados desportivos à altura dos pergaminhos do FC Porto.
Perante este cenário grotesco, que permite perceber melhor como é que uns iam enriquecendo enquanto o clube ficava cada vez mais perto do abismo financeiro, não é possível nem aceitável que não se extraiam consequências desta auditoria. Só assim estaremos a ser implacáveis com quem tiver lesado o FC Porto.
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