Não há liberdade sem sermos livres de criarmos a nossa história mesmo que com efeitos vindos das estórias de outras histórias. Nos livros somos livres. Somos livres, mesmo que nos fechem onde só possamos viajar nos livros.
Confinados. A urgência ditou nova emergência. Aos trambolhões. Como se nada nos tivesse avisado para o que se avizinhava. Mas decidir é difícil. É preciso saber ir mais além. Além do imediato. Além do fácil. Decidir implica sabermos quem somos e termos a coragem de o ser. De SER. Afinal ainda somos SER-Humanos. Só livres somos. E em dias de novo confinamento, nos livros somos livres. E nos livros continuamos a crescer no ser que somos. Quanto mais nos livros somos, mais livres somos no nosso ser. Não há criatividade sem criatividade que nos alimente. Não há liberdade sem sermos livres de criarmos a nossa história mesmo que com efeitos vindos das estórias de outras histórias. Nos livros somos livres. Somos livres, mesmo que nos fechem onde só possamos viajar nos livros.
"Os livros, esses animais opacos por fora, essas donzelas. Os livros caem do céu, fazem grandes linhas retas e, ao atingir o chão, explodem em silêncio. Tudo neles é absoluto, até as contradições em que tropeçam. E estão lá, aqui, a olhar-nos de todos os lados, a hipnotizar-nos por telepatia. Devemos-lhes tanto, até a loucura, até os pesadelos, até a esperança em todas as suas formas". Assim abraça José Luís Peixoto os livros. Tal como os livros nos abraçam na sua loucura e contradição. Fechados em páginas que se acorrentam, abrem espaços de liberdade em que criamos correntes de vida. Uns a falar com os outros. Mesmo que fechados em prateleiras. Assim que como nós neste "novo normal", que de normal não tem nada e de novo já tem muito pouco. Também nós podemos criar as correntes de liberdade agora que voltamos a estar fechados sobre nós.
Loucuras e contradições. Desalinhamentos e retas fáceis. Curvas por fazer e viagens sonhadas adiadas. Decisões carregadas de lamento que deixámos que chegassem para legitimar as decisões que, a serem tomadas noutras páginas, trariam um texto diferente ao momento que estamos a ler. Mas as histórias que os livros nos contam não são apenas as histórias que os livros nos contam. São também, e principalmente, as histórias que lemos nas histórias que os livros nos contam. Por isso, não temos que estar a viver a mesma história. Nem mesmo a história que nos contam como se não a pudéssemos ler de outra perspetiva. De outro flanco. De dentro de nós. De nós mesmos. De quem somos.
Eis que nos é oferecida uma nova oportunidade de lermos o livro por dentro. Sermos livres por dentro na história que queremos que esteja escrita. Para isso, há que saber ler. Saber ler a situação presente, quem somos, como queremos ser neste espaço que nos é modificado sem "apelo nem agravo", como queremos que tudo seja quando mudarmos de livro. Livres.
Decidir é difícil. É preciso saber ir mais além. Além do imediato. Além do fácil. Decidir implica sabermos quem somos e termos a coragem de o ser. Só quando somos, somos livres. Só livres decidimos.
Libertemo-nos.
João Laborinho Lúcio
Coach credenciado pela ICF – International Coaching Federation
Quase que parece que o sucesso que o coaching profissional tem granjeado junto de privados e de organizações arrelia algumas articulações na zona dos braços. Mas se esse crescimento é uma realidade, é porque para particulares e, muito em especial, para organizações, o coaching não é uma mentira, nem uma "patranha".
Uma cara lavada que o país insiste rejeitar sempre que as urnas dos votos se enchem de poluição visual. Cada local, aldeia, vila, cidade, mais ou menos protegida, se despe da sua essência para receber o lixo visual, o mau gosto das poucas palavras que nada dizem.
"O cansaço por vezes é só isso mesmo, o cansaço", escutei recentemente. E se vem, se nos visita, se é na nossa casa que quer repousar, há que o saber receber com o mesmo carinho com que se recebe um viajante que nos pede por um pouco de água.
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Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.
É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?
Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.