Sábado – Pense por si

João Laborinho Lúcio
João Laborinho Lúcio
05 de abril de 2024 às 07:00

A ignorância sobre o coaching como uma forma de “gigantesca mentira”

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Edição de 5 a 11 de agosto

Quase que parece que o sucesso que o coaching profissional tem granjeado junto de privados e de organizações arrelia algumas articulações na zona dos braços. Mas se esse crescimento é uma realidade, é porque para particulares e, muito em especial, para organizações, o coaching não é uma mentira, nem uma "patranha".

Há uns dias, quando de noite, mergulhado que estava nas diferentes dimensões para onde o "Oriente Próximo" (Alexandra Lucas Coelho) nos leva, a porta do quarto abriu-se e de lá vinha uma mensagem que me convidava a ir espreitar o meu telemóvel.

Chegava-me, outra vez, como uma pedra atirada, a opinião de Henrique Raposo. Vinha, como sempre, de Expresso. "Talvez venha em excesso de velocidade", pensei, pela forma como se intitulava. Já me havia chegado de vassoura, feito bruxa. Agora sentia-o chegar mais bélico.

Regressei ao livro e a primeira frase que leio é: "Do fundo do vale, onde estão os mais pobres, vê-se o estádio de futebol. Por trás do estádio, um centro comercial com cúpula de vidro, palmeiras e campos de ténis. Por trás do centro comercial, um edifício de empresas high-tech. E sobre a colina em frente uma flamejante urbanização, que desce em socalcos, virada para o Sol".

Pensei: "É tão pobre quando, entre tantas realidades diferentes, tantas perspetivas possíveis da mesma realidade, nos querem dar a ver apenas uma face da moeda", seja ela uma moeda de valor fundamental como resulta dos sons partilhados pela Alexandra Lucas Coelho, seja ela uma moeda que se esquece nos trocos como pode ser o caso partilhado na "mentira" que nos chegou em forma de opinião do Henrique Raposo: "Quando é que paramos a mentira do coaching?", pergunta ele.

Eis a minha opinião: Quando é que paramos a mentira sobre a mentira do coaching e como podemos fazê-lo de forma profissional e ética, tal como a nossa prática?

Sou coach profissional. Sou um profissional ICF (International Coaching Federation). Bastam-me estas afirmações para ter que vir a terreiro. Para, descalçando os sapatos do conforto de um "olhar para o lado", sentir as pedras do caminho, e andar em frente na defesa da minha profissão e da forma como a pratico, contrapondo a "mentira do coaching" com a mentira sobre a mentira do coaching. Olharmos para tudo como se tudo fosse o mesmo é a melhor forma de se construírem as mentiras. É fácil opinarmos dessa forma, com base em generalizações que de verdade têm muito pouco. Se queremos a verdade, há que saber olhar para o tema sobre o qual opinamos considerando as diferentes perspetivas, dos seus diferentes ângulos.

Comecemos pelo princípio. E o princípio, que já vem tarde, é a afirmação de Henrique Raposo sobre a "gigantesca mentira que é o coaching" (Expresso, 25 de março de 2024). Procurando ler de forma objetiva o que é escrito, o coaching surge descrito como sendo "discurso motivacional e não sei quê", que é "um problema de saúde pública, pois que põe em causa a saúde mental de milhares de pessoas que são vítimas desta patranha", "vítimas da grande mentira que está aqui em causa: "tu podes ser o que quiseres; se não conseguires, é porque não acreditaste o suficiente". E, pela leitura da (livre e de salutar) opinião de Henrique Raposo, todas estas suas conclusões que faço questão de citar, de sublinhar, de enfatizar, de colocar bem em destaque neste texto, parecem resultar de "ter adorado o espetáculo" de Joana Marques – "Desconfia", no Meo Arena - e de o próprio Henrique Raposo se ter "atirado ao chão a rir várias vezes".

Fica a ideia de que a "gigantesca mentira que é o coaching" advém do que o autor ficou a saber que o coaching é através da sátira (que desconheço), bem-humorada, de Joana Marques sobre o que, para si, Joana, o coaching é, e da ideia de que coaching é fazer os outros – as "vítimas" – acreditarem que "podem ser o que quiserem" e que se não o forem é porque "não acreditaram o suficiente". 

Terá sido a opinião de Henrique Raposo construída no chão para onde se atirou a rir? Pergunto, pois não parece vinda do alto da sua sapiência. 

Ao ler Henrique Raposo quase que fico com a ideia de que o próprio terá sido vítima desta patranha, deste "coaching". Sim, a palavra coaching (este "coaching") entre aspas deste momento para a frente, tal como devia ter estado deste momento para trás, nomeadamente nas citações que fiz.

Caro Henrique Raposo, a mentira do coaching de que escreves é uma mentira em si mesma e, ao que parece, terás sido "vítima" da mentira e não do coaching.

A mentira é uma prisão, e o caminho da verdade o da libertação. Nesta narrativa, como em tantas outras, o prisioneiro é o que tenta aprisionar-nos numa mentira. Ele próprio preso na sua construção. Não acredito que seja esse o desejo de quem tenta aprisionar o coaching na mentira, como parece querer fazer Henrique Raposo. Ao ler a sua "opinião" livre, mais me parece ignorância do que aprisionamento. Sabemos, contudo, que a ignorância é um terreno fértil para a mentira. Por isso, talvez se justifique alguma prudência na narrativa sobre "mentiras", "vítimas", "saúde mental" e outras afirmações sensacionalistas que podem levar o leitor a acreditar na mentira, não intencional, mas claramente apregoada.

Quem lidera a opinião, quem tem a responsabilidade de fazer opinião pela mão do "Expresso", talvez possa querer fazê-lo de forma mais informada. Se há preocupação com as "vítimas" talvez possamos oferecer um caminho de informação com maior rigor e com menor sensacionalismo. Bem sei que este segundo caminho peca pela falta de iluminação. De brilhantismo. De propagação fácil. É mais trabalhoso. Não se fica pelas generalizações. Requer mais detalhes.

Por isso mesmo, para quem ainda esteja a ler este texto, fica um alerta: Este texto não é bem-humorado. Este texto não é motivacional. Este texto é chato. Este texto até pode fazer muitos aspirantes a "coaches" a deixarem de acreditar que também eles podem ser coaches, mesmo que acreditem muito nisso. Este texto não enche plateias. Este texto não vende livros. Este texto não vende cursos. Este texto não é irado, furioso, enraivecido contra a opinião de Henrique Raposo. Este é um texto de agradecimento ao Henrique Raposo por permitir, através da sua mentira sobre a mentira do coaching, pugnar pela verdade sobre o coaching. Este texto é, portanto, sobre coaching profissional e ético. É, também, um texto cauteloso por se fundar na verdade, na minha verdade, também ela sujeita a escrutínio e a opiniões diversas.

Feito o aviso, fica a escolha: podem ir ler o texto do Henrique Raposo, bem mais curto e melhor escrito, e ficam sem saber o que é coaching. Podem ir ver o espetáculo da Joana Marques, bem mais longo, bem-humorado, divertido e ficam a saber o que é a sátira ao "coaching" (também podem ver o sketch da "Porta dos Fundos" sobre coaching, absolutamente delicioso); ou podem lutar contra o tédio e ler este texto até ao fim e ficam mais perto de saber do que se fala quando se fala de coaching profissional e ético. Na verdade, a melhor opção é mesmo fazerem tudo quanto sugeri porque tudo quanto sugeri se complementa. Além de que, interromper a leitura deste texto com a "Porta dos Fundos", retempera a energia para dar continuidade à leitura.

Nota biográfica: sou coach profissional desde janeiro de 2018 quando terminei a primeira fase da minha certificação em coaching (tendo terminado o correspondente ao atual Nível 2 - www.icf.pt/cursos-acreditados-em-portugal - em abril do mesmo ano). Sou formador em coaching desde dezembro de 2018 quando terminei a minha formação como formador em cursos de "Coaching de Indivíduos, Equipas e Organizações", acreditados pela ICF. Sou coach credenciado desde dezembro de 2018, credencial renovada em 2021 (primeiro com a credencial ACC – Associate Certified Coach e, posteriormente, com a de PCC – Professional Certified Coach), renovada novamente em março de 2024 (as credenciais têm a validade máxima de 3 anos). Sou Profissional ICF desde janeiro de 2018 ("indivíduo que se apresente como Membro da ICF ou Portador de Credencial da ICF, em papéis que incluam, entre outros, Coach, Coach Supervisor, Coach Mentor, Coach Formador, Aluno de Coaching"). Na verdade, sou muito mais ou muito menos do que tudo isto, mas estes são os predicados que escolho aqui referir para efeitos da minha prosa.

Como se vê, pela pequena nota biográfica, sou coach e acredito nos seus resultados. E, como também se vê, ter que perceber a diferença entre todo o palavreado a que me refiro – "coach", "profissional ICF", "certificado", "credenciado", "cursos acreditados" – é, já de si, uma chatice que fará qualquer aventureiro no coaching desistir desta jornada. Imaginem a abertura de um grande evento de "coaching" com esta nota biográfica. Nem as "Cristina Talks" salvariam "o estimado público" de profunda desmotivação.

E escrevo este denso, aborrecido e nada sexy texto sobre coaching porquê? Porque a isso me comprometi em janeiro de 2018 quando assumi o compromisso de me vincular aos padrões do código de ética da ICF (www.icf.pt/codigo-etica-icf-portugal), reconhecendo e concordando "em cumprir as minhas obrigações éticas e legais com os meus clientes, patrocinadores, colegas e público em geral". Nesse compromisso ético estão a assunção da minha responsabilidade com o cliente; na prática e desempenho; com o profissionalismo e com a sociedade. E escrevo porque (artigos 21 e 22 do Código de Ética da ICF) "identifico de maneira precisa as minhas qualificações de coaching, o meu nível de competência, especialização, experiência, formação, certificações e Credenciais da ICF em Coaching" e "faço declarações verbais e por escrito que são verdadeiras e precisas sobre o que ofereço como Profissional ICF, o que é oferecido pela ICF, a profissão de coaching e o valor do Coaching".

O que é, então, coaching (segundo o referencial em que acredito e que defendo e que, por falta de clareza no texto de Henrique Raposo, também aí foi incluído sob a palavra "coaching"): "é estabelecer parcerias com Clientes ("a pessoa ou a equipa/grupo que está a receber coaching") num processo criativo e estimulante que os inspire a maximizar o potencial pessoal e profissional". Sexy, não? Enche pavilhões, certo? Não. Nem para abrir uma "loja" de bruxaria, nem para ser "cartomante" ou fazer parte de uma "velha trupe circense". Nem dá, sequer, para se montar todo num espetáculo de humor à volta desta definição. E menos apetecível fica quando sabemos que o relacionamento de coaching é um "relacionamento estabelecido pelo Profissional ICF e o Cliente/Patrocinador num contrato que define as responsabilidades e expectativas de cada parte". Regras! Responsabilidades! Expetativas de cada parte! Diria que, deste lado da verdade de onde olho para o coaching e para o texto do Henrique Raposo, nada disto resulta do seu texto de opinião.

Coaching é "isto". Melhor, também é isto. O princípio da liberdade de exercício da profissão que legitima a prática deste e de outros referenciais de coaching permite que se confundam atividades diferentes sob a mesma designação. Há quem saiba tirar bom partido disso. "Profissional coach, em 3 dias, online, gratuito" e outras apregoadas do género. Mas isso não é coaching. Pelo menos não é o meu coaching. Não é o coaching profissional da ICF. Que um incauto queira fazer este caminho na "mentira do coaching", aceita-se. Que Henrique Raposo, "escritor e cronista do Expresso e da Renascença", autor de vários livros, o faça, já me custa aceitar. Quero acreditar que escreve sobre política nacional e internacional, sexo, educação, segurança, saúde e por aí fora com um cuidado diferente daquele que mostrou no seu texto populista sobre coaching que provoca o medo com base em … "idas ao chão".

Dizer que o coaching "põe em causa a saúde mental de milhares de pessoas que são vítima desta patranha" é descuidado e muito pouco cauteloso para esses que considera de "vítimas". Generalizações desta natureza são, desde logo, falsas e tão típicas de discursos populistas.  Concordo com Henrique Raposo que pode haver "coaching" que tenha o potencial de causar algum dano a quem possa estar fragilizado. E é por isso mesmo que Henrique Raposo tem a obrigação, dentro da sua livre e legítima opinião, de não cair em generalizações perigosas, atirando, com ele, o coaching para o chão.

"Devido à moda libertária e pós-moderna – que nos diz (ou dizia) que não há verdade, mas apenas pontos de vista – entrámos no mundo do pós-verdade e temos cada vez mais alunos que refilam contra os professores e contra os próprios currículos porque as suas "sensibilidades" ficaram melindradas com as verdades empíricas ali expostas. Das faculdades, isto passa para os social media, para os media e para a política". Esta "pós-verdade" (…) "é a mesma atmosfera que recusa qualquer adesão à realidade empírica".

Não posso estar mais de acordo com esta afirmação. Vejo no texto de Henrique Raposo um certo "refilar" contra o coaching com base em "pontos de vista" que deixam "as suas sensibilidades" "melindradas", uma espécie de pós-verdade sobre o coaching. E vejo, vemos todos, essa sua pós-verdade descarrilar dos social-media para os media. Curioso é a citação que antecede estar contida no mesmo e preciso texto da autoria de Henrique Raposo que me trouxe até aqui. Terá Henrique Raposo escorregado na sua própria pós-verdade antes mesmo de se atirar ao chão a rir?

Se a mentira sobre a "mentira do coaching" é prisioneira, voltemos ao coaching e à sua verdade e à maior autoridade a nível internacional quando de coaching profissional se fala: ICF – International Coaching Federation (fundada em 1995, com mais de 60.000 membros ativos em 143 chapters distribuídos por cerca de 100 países ou territórios). A ICF oferece um sistema de autorregulação suficiente para acautelar os interesses da sociedade, dos clientes e da profissão. Como? Em Portugal há cerca de 220 membros da ICF com vinculação à ICF Portugal. Se algum desses coaches tiver causado "vítimas" da grande mentira que é coaching do "tu podes ser quem tu quiseres", com dano para a saúde mental dos seus clientes, o caminho é simples: apresentar uma participação contra o coach em causa o que pode fazer-se através deste link: www.icf.pt/reclamaces-de-conduta-etica. Consequências: "Se eu infringir qualquer parte do Código de Ética da ICF, eu aceito que a ICF, a seu exclusivo critério, me responsabilize pela minha forma de agir. Concordo ainda que a minha responsabilidade perante a ICF, por qualquer incumprimento, pode incluir sanções, tais como formação de coaching adicional obrigatória, outro tipo de formação, a perda da Filiação da ICF e/ou as minhas Credenciais da ICF".

Isto é a verdade do coaching profissional e ético. Sem truques circenses, sem vítimas.

Mas há mais:

Também fazem parte da verdade do coaching, os programas de coaching solidário que a ICF Portugal tem desenvolvido junto de entidades privadas e públicas, incluindo universidades (a "autoridade" a que Henrique Raposo se refere); também fazem parte da verdade do coaching, os programas da Fundação ICF, nomeadamente o programa "Ignite" que "através compromissos de coaching pro bono ou a preço reduzido para líderes, funcionários e beneficiários de organizações que apoiam os Objectivos Globais das Nações Unidas, promove um impacto social significativo à escala global"; ou a parceria com a Obama Foundation Scholars, a título de exemplo.

Também faz parte da verdade do coaching, saber como funcionam a comunidade e os seus clientes pelo mundo fora. Estudos desenvolvidos pela ICF – Global Coaching Survey, desenvolvido entre 2019 e 2023, com mais de 14 mil respondentes, em 157 países ou o Global Consumer Awareness Survey, desenvolvido em 2022, com mais de 30 mil respondentes – mostram uma realidade muito díspar da da bruxaria, cartomancia, ou da fantasiosa visão de Henrique Raposo sobre a prática do coaching.

Alguns dados:

  • 67% dos coaches profissionais dedicam-se ao "business coaching", onde está o coaching de liderança, equipas, organizações, empreendedores, PMEs.
  • Os clientes de coaching consideram-se satisfeitos ou muito satisfeitos (86%) com o impacto dos processos de coaching que receberam. A pobres "vítimas", nas palavras de Henrique Raposo, identificaram melhorias nas seguintes áreas:
    • Melhoria das competências de comunicação;
    • Aumento da autoestima e autoconfiança;
    • Melhoria do work/life balance;
    • Aumento da produtividade;
    • Melhoria do bem-estar;
    • Performances individual e de equipa otimizadas;
    • Aumento das oportunidades de carreira;
    • Melhoria de estratégias de gestão de negócio;
    • Processos de on-boarding numa nova profissão ou função acelerados.
  • 3% dos respondentes, clientes de coaching, indicam não ter tido qualquer impacto positivo.

Daqui para um "problema de saúde pública" vai uma diferença "gigantesca".

Sobre "saúde mental de milhares de pessoas" "vítimas" do coaching há ainda algo a referir. Um coach que seja profissional e ético é, muitas vezes, o primeiro profissional a identificar ou a colocar a hipóteses de o seu cliente poder ter um acompanhamento mais adequado às suas necessidades diferente do coaching, competindo-lhe dar essa indicação ao seu cliente. Um coach profissional não arrisca entrar em terrenos que não sejam os seus. Seja uma atividade das velhas trupes circenses, seja a indicação de apoio na área da psicologia, psicoterapia, consultoria, formação ou de outra natureza. Um coach não é um terapeuta. Que isso fique muito claro e que saia definitivamente da mentira que tanta vez se procura fazer passar para denegrir o profissionalismo do coaching. 

Quase que parece que o sucesso que o coaching profissional tem granjeado junto de privados e de organizações arrelia algumas articulações na zona dos braços. Mas se esse crescimento é uma realidade, é porque para particulares e, muito em especial, para organizações, o coaching não é uma mentira, nem uma "patranha".

Quem paga por um coach profissional e ético confia. E quem paga são, entre 28% e 66% (variação em função dos anos de experiência do cliente de coaching), as organizações ou os chamados "patrocinadores" ("a entidade (incluindo seus representantes) que esteja a pagar e/ou organizar ou definir os serviços de coaching a serem fornecidos").

Por fim, e ainda falando de profissionalismo, os estudos indicam que, em função das diferentes gerações, para entre 79% e 88% dos clientes de coaching, é importante que o coach tenha uma certificação em coaching e que sejam credenciados. Ou seja, não são os cursos de 3 dias, nem os pavilhões cheios de "soundbites" que os clientes de coaching procuram. Onde o Henrique Raposo escreve vítimas, eu leio, em relação ao coaching profissional, clientes informados e preparados para os desafios que procuram no coaching.

Estamos do mesmo lado caros Henrique e Joana. Acreditem que estamos. O vosso papel, desde que informado, é fundamental para continuarmos a trabalhar na credibilização do coaching profissional, o que se faz essencialmente através de informação mais rigorosa sobre ao que nos referimos quando falamos de coaching.

Gostava de ter sido mais humorado como a Joana ou mais sucinto como o Henrique. Seguramente que mais leitores teria. Mas a resposta é séria e o tema deve ser claro e, por isso, explicado.

Caso algum cliente de coaching profissional tenha chegado ao final deste texto com energia para dizer algo, que o faça. Mas antes de o fazer, clarifique sobre que coaching quer falar.

Abra-se o debate.

Mas sejam sucintos. Caso contrário ninguém vos lê.

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