Zelensky expressou frustração pelos aliados ocidentais que se comprometeram a treinar pilotos ucranianos para os aviões de combate F-16, pois ainda não apresentaram quaisquer datas para o início da instrução.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou hoje "alguns" parceiros ocidentais, entre eles Portugal, de estarem a arrastar e a atrasar a formação de pilotos ucranianos para os aviões de combate no conflito que opõe o país à Rússia.
EPA/Louise Delmotte
"Eles têm alguma ideia de quando é que a Ucrânia vai poder receber os [aviões de caça] F-16?", questionou Zelensky perante os jornalistas, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, fazendo referência ao Ocidente.
"Não existe um calendário para as missões de treino? Penso que alguns parceiros estão a atrasar [o processo] e a arrastar os pés. Porque o estão a fazer? Não sei", acrescentou o Presidente ucraniano, que recebe hoje a visita de Sánchez também na qualidade da presidência espanhola da União Europeia (UE), hoje iniciada.
Zelensky expressou assim a frustração pelos aliados ocidentais que se comprometeram a treinar pilotos ucranianos para os aviões de combate ‘F-16’, pois ainda não apresentaram quaisquer datas para o início da instrução.
A chamada "Coligação F-16" inclui países como Portugal, Reino Unido, Países Baixos, Dinamarca, Bélgica e Estados Unidos, cujos governos se comprometeram a treinar os pilotos ucranianos na utilização destes caças de fabrico norte-americano.
Há meses que a Ucrânia tem vindo a pedir aos seus aliados que lhe enviem estes aviões para melhor proteger as suas cidades e os seus soldados que participam na contraofensiva no conflito contra a Rússia, iniciado com a invasão russa da Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022.
Kiev considera que a formação dos seus pilotos na utilização dos ‘F-16’ é um primeiro passo para o envio desses aviões para a Ucrânia.
Zelenski e outros dirigentes e comandantes militares ucranianos têm insistido nas últimas semanas que a Ucrânia poderia enfrentar a sua atual contraofensiva com muito mais garantias e muito menos perdas de vidas e de equipamento militar se as unidades que avançam fossem protegidas do ar por ‘F-16’.
A Espanha não faz parte da "coligação F-16" e, por isso, não se comprometeu a treinar pilotos ucranianos para pilotar F-16.
A candidatura da Ucrânia à UE é uma das prioridades da presidência espanhola, segundo uma declaração conjunta do Presidente ucraniano e do primeiro-ministro espanhol, que hoje visita Kiev.
"Espanha reitera o seu apoio à candidatura da Ucrânia à UE, que será uma das prioridades da sua presidência", lê-se no comunicado.
Segundo a mesma nota, a Espanha apoia ainda "o reforço da parceria" entre a Organização do Tratado Atlântico Norte (NATO) e a Ucrânia, inclusive através da criação de um conselho entre a Aliança Atlântica e a Ucrânia.
Zelensky agradeceu ao primeiro-ministro espanhol o apoio e a "visita simbólica" a Kiev, quando Espanha inicia a sua presidência da União Europeia.
Durante a visita a Kiev, Sánchez anunciou que Espanha vai enviar mais quatro tanques Leopard para a Ucrânia.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, decorrendo, desde então, um conflito militar.
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