Confrontos com forças de seguranças na tentativa de golpe de Estado contra o presidente da Venezuela já fizeram dois mortos. "Isto tem que parar e os assassinos terão que ser responsabilizados pelos seus crimes", afirma Guaidó.
Pelo menos uma pessoa morreu e outras 50 ficaram feridas durante o segundo dia de protestos em Caracas contra o Governo de Nicolás Maduro. De acordo com a organização não-governamental Observatório de Conflitos, a vítima mortal é uma mulher de 27 anos.
Jurubith Rausseo García terá sido baleada na cabeça em confrontos entre as forças de segurança do regime durante manifestações a favor do líder da oposição Juan Guaidó, reconhecido como Presidente interino da Venezuela por cinquenta países. A confirmar-se, esta é a segunda morte em dois dias de protestos, depois de Samuel Enrique Méndez, de 24 anos, ter morrido durante os protestos registados no estado de Aragua esta terça-feira.
Nas redes sociais, Guaidó lamentou as mortes não confirmadas. "Isto tem que parar e os assassinos terão que ser responsabilizados pelos seus crimes", escreveu.
Me comprometo a hacer que la muerte en quirófano de Jurubith Rausseo, de sólo 27 años, le pese a quienes decidieron disparar contra un Pueblo que decidió ser libre.
Esto tiene que parar y los asesinos tendrán que hacerse cargo de sus crímenes. Pondré mi vida en que así sea.
Me comprometo a hacer que la muerte en quirófano de Jurubith Rausseo, de sólo 27 años, le pese a quienes decidieron disparar contra un Pueblo que decidió ser libre.
Esto tiene que parar y los asesinos tendrán que hacerse cargo de sus crímenes. Pondré mi vida en que así sea.
Um total de 46 feridos, nos protestos de quarta-feira, foram tratados no município de Caracas de Chacao, onde as forças de segurança e milhares de manifestantes entraram em confronto durante várias horas. A presidente do serviço municipal de saúde, Maggia Santi, explicou aos jornalistas que os feridos estão todos fora de perigo, incluindo dois feridos com armas de fogo. Pelo menos 20 pessoas foram baleadas, 13 das quais sofreram várias lesões. Ainda há registo de vários manifestantes feridos na sequência do lançamento de gás lacrimogéneo por parte da Guarda Nacional Bolivariana (GNB).
Além disso, a União Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP) informou que uma dúzia de jornalistas também ficaram feridos quando cobriam manifestações contra o Governo. O sindicato informou que cinco repórteres foram feridos com balas. A UNICEF indica que entre as dezenas de feridos existem pelo menos 15 menores, entre os 14 e os 17 anos.
Milhares de pessoas concentraram-se na quarta-feira em vários locais da capital venezuelana, de acordo com o apelo feito pelo líder da oposição, reconhecido como Presidente interino da Venezuela por meia centena de países. Os defensores do Governo concentram-se no centro e oeste de Caracas para participar nas manifestações convocadas pelo executivo a propósito do 1.º de Maio.
O autoproclamado Presidente interino da Venezuela desencadeou na madrugada de terça-feira um ato de força contra o regime de Nicolás Maduro em que envolveu militares e para o qual apelou à adesão popular. O regime ripostou considerando que estava em curso uma tentativa de golpe de Estado. Não houve, durante o dia, progressos na situação, que continua dominada pelo regime.
Apesar de Juan Guaidó ter afirmado ao longo do dia que tinha os militares do seu lado, nenhuma unidade militar aderiu à iniciativa nem se confirmou qualquer deserção de altas patentes militares fiéis a Nicolas Maduro.
(Artigo atualizado às 9h56 com informação sobre vítima mortal)
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