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Um mês de guerra. Morrer e nascer numa cidade sitiada

Alfredo Leite, em Kiev
Alfredo Leite, em Kiev 27 de março de 2022 às 10:00

Com as tropas russas a apertarem o cerco, os ucranianos recusam desistir, mesmo com as bombas a cair à sua porta. Retrato do dia a dia em Kiev onde, no meio da morte, há crianças a nascer

Sergei Mashovets e a noiva, grávida, decidiram casar durante a guerra. Realizaram o sonho que durava há anos, a tempo de ela viajar para Itália em busca de refúgio seguro e de ele voltar à linha da frente para defender a Ucrânia do invasor russo. As circunstâncias ditaram uma celebração austera, mas feliz, no passado dia 12. Só a família e os amigos mais chegados estiveram presentes. Dois dias depois, Sergei foi morto. Apanhado no tiroteio que ceifou a vida a um jornalista e a uma produtora da cadeia de televisão norte-americana Fox News, o homem que antes de ser soldado era um empenhado ativista “verde” em Kiev não resistiu aos ferimentos de bala. Foi enterrado na sexta-feira, dia 18, junto da torre de TV de Kiev, um dos primeiros lugares na mira da artilharia russa, logo no início da guerra.

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