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UE acusa Putin de não ter "qualquer interesse na paz"

Lusa 08 de março de 2025 às 14:34
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"Os mísseis russos continuam a chover implacavelmente sobre a Ucrânia, trazendo mais morte e destruição", escreveu alta representante para a Política Externa da UE.

Sputnik/Mikhail Metzel/ Via Reuters

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE) afirmou hoje que o Presidente russo, Vladimir Putin, "não tem qualquer interesse na paz", aludindo a mais uma noite de ataques que provocaram pelo menos 11 mortes na Ucrânia.

"Os mísseis russos continuam a chover implacavelmente sobre a Ucrânia, trazendo mais morte e destruição. Mais uma vez, Putin mostra que não tem interesse na paz", escreveu Kaja Kallas na rede social X.

A alta representante para a Política Externa da UE salientou que o grupo dos 27 Estados-membros deve aumentar o apoio militar.

"Caso contrário, mais civis ucranianos vão continuar a pagar o preço mais elevado" da guerra, justificou.

As autoridades ucranianas informaram hoje que pelo menos 11 pessoas foram mortas e outras 30, incluindo cinco crianças, ficaram feridas num ataque russo na noite de sexta-feira contra edifícios residenciais e administrativos na cidade de Dobropillya, na região de Donetsk.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou Moscovo por usar táticas "desprezíveis e desumanas" ao atacar as equipas de resgate na área após o bombardeamento, dizendo que os ataques "mostram que os objetivos da Rússia não mudaram".

Pelo menos outras três pessoas morreram e sete ficaram feridas num ataque de drone russo a uma fábrica de processamento de carne em Bokhodukhiv, na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, segundo as autoridades ucranianas.

Os líderes da UE realizaram na quinta-feira uma cimeira extraordinária, onde reiteraram o seu apoio à Ucrânia e sublinharam que qualquer trégua ou cessar-fogo no país deve estabelecer as bases para um acordo de paz que deve também ser acompanhado de garantias de segurança para dissuadir a Rússia de futuros ataques, numa declaração da qual apenas a Hungria se afastou.

No entanto, os parceiros europeus não especificaram quaisquer novos apoios militares a Kiev e instaram Kaja Kallas a continuar a trabalhar numa proposta.

Além disso, os 27 Estados-membros apoiaram por unanimidade o plano da Comissão Europeia para rearmar o continente, que prevê a mobilização de até 800 mil milhões de euros em fundos nacionais e um novo instrumento de 150 mil milhões de euros financiados por dívida comum para fornecer empréstimos aos países.

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