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Tsunami na Indonésia provoca 168 mortos e 745 feridos

23 de dezembro de 2018 às 10:31
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Uma maré anormal associada a um deslizamento submarino causado pela erupção do vulcão Anak Krakatoa causou a destruição total na Indonésia. Inicialmente, autoridades indonésias confundiram tsunami com maré crescente.

Um tsunami abalou, este sábado, a costa da Indonésia, provocando 168 mortos e pelo menos 745 feridos e 30 desaparecidos. As autoridades do país confundiram inicialmente a catástrofe com uma maré crescente e chegaram mesmo a apelar à população para não entrar em pânico, referiu a agência noticiosa France-Presse. 

O tsunami foi desencadeado por uma maré anormal associada a um deslizamento submarino causado pela erupção do vulcão Anak Krakatoa. O tsunami atingiu Lampung, Samatra, e as regiões de Serang e Pandeglang, em Java.

"A combinação causou um tsunami repentino que atingiu a costa", segundo a agência. A área mais afectada foi a região de Pandeglang, na província de Banten, em Java, que abrange o Parque Nacional de Ujung Kulon e praias populares, de acordo com as autoridades.

O vulcão Anak Krakatoa, no Estreito de Sunda, que liga o Oceano Índico ao Mar de Java, tem 305 metros de altura está localizado a cerca de 200 quilómetros a sudoeste da capital Jacarta, onde tem sido registada actividade desde junho. De resto, em julho, as autoridades ampliaram a proibição de acesso para uma área de dois quilómetros à volta da cratera.

O vulcão foi formado após a erupção do Krakatoa em 1883, que não só destruiu a ilha onde se erguia como também criou a actual ocupada pelo Anak Krakatoa, não sem que antes deixasse um rasto de devastação bem ilustrada nos mais de 36 mil mortos então registados.

O pior tsunami na Indonésia aconteceu a 26 de Dezembro de 2004 no norte de Samatra e causou cerca de 230 mil mortes numa dezena de países banhados pelo Oceano Índico, dos quais 168 mil em território indonésio.

A Indonésia é o quarto país em número de habitantes e também um dos mais castigados por desastres naturais.

A localização geográfica da Indonésia, no Anel de Fogo do Pacífico, e o número de vulcões activos no país, mais de cem, tornam a nação propensa a grande actividade sísmica, que habitualmente passa despercebida à população.

Só em 2018, a Indonésia registou 11 terramotos com vítimas mortais, com o maior a ter ocorrido no dia 28 de setembro, na ilha de Celebes. O terramoto de magnitude 7,5 provocou, na altura, 2.256 mortos e 10.679 feridos.

Autoridades indonésias confundiram tsunami com maré crescente

Inicialmente, as autoridades indonésias chegaram mesmo a apelar à população para não entrar em pânico, referiu a agência noticiosa France-Presse. "Foi um erro, sentimos muito", escreveu na rede social Twitter o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho.

De acordo com as autoridades, o tsunami foi desencadeado por uma maré anormal associada a um deslizamento submarino causado pela erupção do vulcão Anak Krakatoa. Acabaria por atingir as cidades de Lampung, Samatra, e as regiões de Serang e Pandeglang, em Java.