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"Sarcasmo genocida" de Trump não acabará com Irão, diz Teerão

20 de maio de 2019 às 14:57
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A tensão entre Washington e Teerão registou uma escalada nas últimas semanas, depois de os Estados Unidos anunciarem um reforço da sua presença militar no Médio Oriente.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, respondeu, esta segunda-feira, às últimas ameaças do presidente norte-americano contra o seu país afirmando que "o sarcasmo genocida" de Donald Trump não acabará com o Irão.

"O senhor Trump espera ter sucesso onde Alexandre (o Grande), Gengis (Khan) e os outros agressores falharam", escreveu Zarif na rede social Twitter, referindo-se a dois conquistadores estrangeiros que dominaram a Pérsia (antigo nome do Irão) num determinado período da sua história milenar.

"Os iranianos permaneceram de pé durante milénios, enquanto os seus agressores partiram todos. O #TerrorismoEconomico e o sarcasmo genocida não acabarão com o Irão", adiantou o chefe da diplomacia iraniano.

Trata-se de uma resposta direta à última mensagem contra o Irão divulgada por Trump na mesma rede social. "Se o Irão quiser lutar, esse será o fim oficial do Irão. Nunca mais ameacem os Estados Unidos!", escreveu o presidente norte-americano. "#NuncaMaisAmeaçarUmIraniano. Tente o respeito – funciona", retorquiu Zarif.

A tensão entre Washington e Teerão registou uma escalada nas últimas semanas, depois de os Estados Unidos anunciarem um reforço da sua presença militar no Médio Oriente para enfrentar presumíveis "ameaças" iranianas.

Na última semana, a tensão aumentou após a sabotagem de quatro petroleiros num porto dos Emirados Árabes Unidos e de um ataque com 'drones' a um oleoduto saudita, reivindicado pelos rebeldes Huthis do Iémen, apoiados pelo Irão.

A maioria das autoridades iranianas, como o líder supremo, Ali Khamenei, descartou uma guerra com os Estados Unidos.

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.