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Saques e violência marcam quatro anos de Maduro

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 14 de abril de 2017 às 08:00

Já 325 pessoas foram detidas na sequência de protestos nas ruas venezuelanas. Desde a semana passada, já morreram cinco pessoas

Há quatro anos, com a morte do histórico líder socialista Hugo Chávez - que governou entre 1999 e 2013 -, Nicolás Maduro tornou-se Presidente da Venezuela. Prometendo fidelidade ao chavismo e à revolução bolivariana, o actual líder venezuelano prometeu ser conciliador e moderado. Em 2017, vive-se na Venezuela uma crise económica, com mais 10% de desemprego face a 2013 e uma enorme escassez de produtos básicos. Mas não só: há uma crise política que levou a protestos nas ruas de Caracas, que são agressivamente parados pelas forças militares venezuelanas. Das dezenas de feridos e 325 detidos, cinco já morreram. 

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Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.