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Rússia ultrapassa os 200 mil casos de Covid-19 e é o novo epicentro europeu de pandemia

10 de maio de 2020 às 12:06
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Nas últimas 24 horas, Rússia confirmou mais de 11 mil novos casos e tornou-se o país com mais infetados pela Covid-19 na Europa durante a última semana.

A Rússia ultrapassou a marca de 200.000 casos confirmados de covid-19, com um elevado número de contágios diários, o que a torna o país mais afetado da Europa na última semana.

A Rússia registou hoje 11.012 novos casos de contágio com covid-19, elevando para 209.688 o total desde o início da pandemia, disseram as autoridades russas.

O número de mortes na Rússia permanece relativamente baixo, em 1.195, segundo as estatísticas hoje divulgadas pelas autoridades, enquanto o número de novos casos positivos continua acima dos 10.000 pelo sétimo dia consecutivo.

As autoridades russas dizem que o aumento no número de casos, ao longo da semana passada, é explicado pela multiplicação de testes realizados - 5,4 milhões de acordo com a contagem de hoje - e não por uma aceleração da propagação, o que pode explicar a baixa mortalidade.

O objetivo da triagem em massa é rastrear casos assintomáticos ou leves de covid-19, que não são necessariamente contados em outros países, devido à falta de acesso a testes.

Mas alguns especialistas na Rússia duvidam desta versão oficial e da veracidade das estatísticas de mortalidade.

Michael Ryan, diretor executivo de emergências em saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse na sexta-feira que "a Rússia provavelmente está a passar por uma epidemia tardia".

Moscovo, o epicentro da epidemia na Rússia e na Europa, estendeu o confinamento até final de maio, permitindo que apenas algumas atividades reabram.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 276 mil mortos e infetou mais de 3,9 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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