O presidente ucraniano anunciou que Moscovo lançou 120 mísseis e 90 drones contra infraestruturas energéticas na Ucrânia, num ataque em grande escala.
O Ministério da Defesa da Rússia confirmou este domingo um ataque massivo a infraestruturas militares e energéticas na Ucrânia, que Kiev tinha já denunciado. De acordo com uma nota, citada pela agência Efe, foram atingidos aeródromos militares, bem como instalações de produção de gás e energia utilizadas para o funcionamento de empresas do complexo militar e industrial ucraniano.
EPA/STATE EMERGENCY SERVICE OF UKRAINE HANDOUT
Além disso, as forças russas atacaram uma instalação de armazenamento de veículos aéreos não tripulados, bem como concentrações de tropas ucranianas em 144 pontos do país inimigo, referiu o comunicado.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que a Rússia lançou 120 mísseis e 90 drones contra infraestruturas energéticas na Ucrânia, num ataque em grande escala. Segundo o líder da Ucrânia, a Rússia utilizou vários tipos de drones, incluindo Shaheds, mísseis de cruzeiro, balísticos e mísseis balísticos lançados por aeronaves. As forças de defesa ucranianas abateram 140 alvos aéreos, afirmou ainda numa declaração no Telegram, citada pela Associated Press.
O ataque combinado de drones e mísseis foi o mais poderoso dos últimos três meses, de acordo com o chefe da Administração Militar de Kiev, Serhii Popko. "O alvo do inimigo eram as nossas infraestruturas energéticas em toda a Ucrânia. Infelizmente, há danos em objetos provocados por impactos e queda de destroços. Em Mykolaiv, como resultado de um ataque de drone, duas pessoas foram mortas e outras seis ficaram feridas, incluindo duas crianças", indicou.
A operadora de energia ucraniana DTEK já tinha anunciado hoje que se registaram "cortes de energia de emergência" na região de Kiev e em duas regiões do leste do país, após um ataque russo à rede energética do país. Além dos cortes de energia de emergência na região da capital, foram atingidas as regiões de Donetsk e de Dnipropetrovsk, escreveu a empresa na rede social Telegram.
Anteriormente, o ministro da Energia, German Galushchenko, anunciou que estava em curso um "ataque massivo da Rússia ao sistema elétrico", segundo a agência AFP.
Os ataques russos têm afetado a capacidade de produção de energia da Ucrânia desde a invasão por Moscovo, em fevereiro de 2022, provocando repetidos cortes de energia de emergência e apagões contínuos a nível nacional. As autoridades ucranianas têm instado regularmente os aliados ocidentais a reforçar as defesas aéreas do país para combater os ataques e permitir reparações.
Segundo informações locais, foram ouvidas hoje explosões em toda a Ucrânia, incluindo a capital, Kiev, o importante porto de Odessa, no sul do país, bem como nas regiões oeste e central.
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