Ataques aéreos conjuntos da Síria e da Rússia tiveram como objetivo principal o bairro de Al Furqan, por onde os combatentes da aliança da Organização pela Libertação do Levante e de outras fações apoiadas pela Turquia estavam a entrar.
A Rússia está a bombardear a cidade de Alepo, a segunda maior da Síria, ajudando o governo de Damasco a combater os rebeldes que conseguiram controlar diferentes bairros desta cidade, palco de intensos combates nos últimos dias.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), estes são os primeiros bombardeamentos feitos pelos militares russos e sírios desde 2016, quando as forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, garantiram o controlo da segunda maior cidade daquele país com apoio e cobertura da Rússia e de milícias afiliados ao Irão.
"O Hayat Tahrir al-Sham (HTS) e as fações rebeldes aliadas tomaram o controlo da maior parte da cidade, dos edifícios governamentais e das prisões", afirmou o OSDH, citado pelas agências noticiosas internacionais.
De acordo com esta organização não governamental com sede em Londres e uma extensa rede de informadores no país, os ataques aéreos conjuntos da Síria e da Rússia tiveram como objetivo principal o bairro de Al Furqan, no oeste de Alepo, por onde os combatentes da aliança da Organização pela Libertação do Levante e de outras fações apoiadas pela Turquia estavam a entrar.
Os bombardeamentos este sábado noticiados seguem-se ao anúncio feito pela Rússia de que a sua força aérea estava a bombardear grupos "extremistas" na Síria em apoio às forças do regime, informaram as agências russas no final da semana passada.
Os 'jihadistas' e seus aliados entraram em Alepo, a segunda cidade da Síria, na sexta-feira, após dois dias de uma ofensiva relâmpago contra o regime de Bashar al-Assad, que pôs fim a anos de relativa calma no noroeste da Síria.
A Rússia é o mais importante apoiante militar do regime de Bashar al-Assad, que tem ajudado desde 2015 a ganhar vantagem na guerra civil síria.
Segundo o OSDH, os combates dos últimos dias fizeram mais de 255 mortos e são os mais violentos desde 2020 no noroeste da Síria, onde a província de Alepo, maioritariamente nas mãos do regime de Assad, é contígua ao último grande reduto rebelde e 'jihadista' de Idlib.
O grupo 'jihadista' HTS (Organização pela Libertação do Levante, também conhecido como Al-Qaida na Síria) e os grupos aliados, alguns dos quais próximos da Turquia, tinham chegado de manhã às portas da cidade, "depois de terem efetuado dois atentados suicidas com carros armadilhados".
Também o Irão, através do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Abbas Aragchi, transmitiu na semana passada ao seu homólogo sírio, Bassam al-Sabbagh, o apoio de Teerão na luta contra o grupo HTS e outras milícias na região de Alepo.
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