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Resgatados 272 mineiros e outros 955 continuam presos em mina de Beatrix

01 de fevereiro de 2018 às 21:53
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Porta-voz da Sibanye Gold revelou que "os mineiros estão agrupados numa zona segura, onde a ventilação funciona" e a receber água e comida.

As operações de socorro na mina de Beatrix, na África do Sul, resgataram esta quinta-feira 272 mineiros e outros 955 continuam bloqueados há mais de 24 horas, a mil metros de profundidade, após um corte de electricidade provocado por uma tempestade.

A companhia proprietária da mina de ouro, Sibanye Gold, revelou que a companhia sul-africana de electricidade Eskom conseguiu restabelecer um dos elevadores, o que permitiu a 272 mineiros de um sector da mina serem trazidos sãos e salvos até à superfície.

O porta-voz da Sibanye Gold, James Wellsted, afirmou no final de tarde de hoje que "ainda continuam 955 mineiros no fundo" da mina, perto de Welkom, no centro da África do Sul.

James Wellsted referiu que "os mineiros estão agrupados numa zona segura, onde a ventilação funciona. Nós fornecemos-lhes água e comida", acrescentando que "todos estão bem".

Na noite de quarta-feira, uma tempestade na província de Free State provocou um corte de corrente na mina, deixando presos a mil metros de profundidade os trabalhadores do turno da noite.

Os geradores da mina, que deveriam ser activados em caso de corte de electricidade não funcionam, reconheceu ainda Wellsted, afirmando que "se está a tentar resolver o problema".

Ao final da tarde de hoje, funcionários da Eskom tentavam restabelecer a linha eléctrica noutros sectores da mina.

A associação sindical dos mineiros considerou "muito grave" o caso e denunciou a "falta de plano de socorro na mina no que diz respeito a alternativas de alimentação de electricidade".

A principal central sindical do país, Cosatu, pediu de imediato "um inquérito ao acidente" e exigiu que a empresa seja "responsável por negligência", enquanto o Sindicato Nacional dos Mineiros alertou para as más condições de segurança dos mineiros.

"Os grandes grupos multinacionais, como Sibanye-Stillwater fazem muito pouco para evitar acidentes, quando deviam ser os primeiros a desenvolver uma cultura da segurança", referiu o sindicato, em comunicado.

Os acidentes em minas são frequentes na África do Sul, país que possui as minas mais profundas do mundo, com as extracções de minérios durante décadas, particularmente de ouro, a fazerem crescer a economia sul-africana.

Em 2017, 77 mineiros morreram, de acordo com a câmara sul-africana das minas.

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