Decreto não reteria necessidade de autorização para obter passaporte ou viajar para fora do país
O rei da Arábia Saudita emitiu esta quarta-feira um decreto de revisão do sistema de tutela a que estão sujeitas as mulheres, necessitando de autorização de um guardião masculino para arrendar uma casa e trabalhar, entre outras coisas. A agência noticiosa oficial sauditaSPAinformou de que o decreto real de Salman bin Abdelaziz pede aos órgãos estatais que revejam a lei num prazo de três meses desde a emissão do mesmo.
O decreto estabelece que as mulheres não têm que dispor de uma autorização do seu guardião masculino para contratar serviços ou proceder a trâmites administrativos, no caso de não haver um "precedente legal" na legislação islâmica que assim o estabeleça.
Por outro lado, o decreto solicita às administrações que facultem transporte às funcionárias do Estado e também às empresas privadas, para que as suas empregadas possam deslocar-se aos seus locais de trabalho.
A aplicação do decreto poderá ter efeitos positivos sobre a situação da mulher, mas activistas locais consideram que a linguagem ambígua do texto pode levar também a uma interpretação mais severa, o que se analisará nos próximos meses.
De acordo com as primeiras análises do diploma, continuará a ser obrigatório que as mulheres tenham autorização do guardião masculino para obterem o passaporte ou para viajarem para fora do país.
O decreto foi emitido na altura da visita à Arábia Saudita do relator especial da ONU para os direitos humanos e a luta contra o terrorismo, Ben Emmerson, que se reuniu com representantes governamentais e defensores das liberdades no país.
Nos últimos anos, as mulheres sauditas mobilizaram-se nas redes sociais e pediram às autoridades para acabarem com o sistema de tutela, bem como com a proibição de conduzir veículos, entre muitas outras restrições.
Devido às pressões internas e externas, a Arábia Saudita passou a permitir em 2013 que as mulheres fizessem parte do denominado Conselho da Shura, um órgão consultivo, e em 2015 puderam votar e candidatar-se às eleições municipais pela primeira vez na história do país.
Rei saudita revê poder de homens sobre as mulheres
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.