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Quando a noite cai, a violência transforma Barcelona num campo de batalha

Cátia Andrea Costa 18 de outubro de 2019 às 23:25

A gravidade dos distúrbios levou os Mossos d'Esquadra a usarem pela primeira vez o camião com canhões de água adquirido em 1994. As autoridades acreditam que os momentos de violência foram protagonizados por 4.500 radicais, 500 deles considerados "muito violentos".

Centenas de milhares de pessoas vindas de toda a Catalunha participaram, esta sexta-feira, no centro de Barcelona numa grande manifestação convocada pelos sindicatos independentistas contra a condenação dos políticos envolvidos na tentativa separatista de 2017. A concentração - que segundo a polícia juntou 525 mil pessoas - ocorreu no Passeio de Grácia, no centro de Barcelona, num dia de "greve geral" na Catalunha convocada por esses sindicatos, a que se juntaram seis "Marchas pela Liberdade" saídas na terça-feira de diferentes cidades da comunidade autónoma. O ambiente tranquilo em que decorreu acabou por ficar em segundo plano quando um outro protesto ganhou peso e contornos de violência que levaram a polícia a usar pela primeira vez o camião com canhões de água adquirido em 1994. Foram mais de cinco horas de confrontos muito violentos, possivelmente os piores desde dia 14.

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