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Procurador-geral dos EUA cita Bíblia para justificar separação de famílias imigrantes

Segundo os Serviços de Alfândega e Protecção de Fronteiras dos EUA, no último mês, 650 crianças foram separadas dos pais na fronteira com o México.

O procurador-geral norte-americano, Jeff Sessions, citou a Bíblia na quarta-feira para defender a política de "tolerância zero" à entrada ilegal de imigrantes, que já separou centenas de pais e crianças na fronteira.

"Citaria o Apóstolo Paulo e o o seu claro e sábio mandamento, em Romanos:13, que diz que obedeçam às leis do Governo porque Deus as ordenou com o propósito da ordem", disse Sessions numa conferência de imprensa sobre imigração, no estado do Indiana.

No mês passado, o procurador-geral anunciou um plano de "tolerância zero" para os imigrantes que atravessam a fronteira do México sem documentação.

"Estas acções tornaram-se necessárias devido ao aumento maciço de travessias ilegais nos últimos meses", declarou, na altura, o antigo senador republicano do estado do Alabama, aludindo a números que apontam para um aumento de 55% do número de detenções na fronteira em relação ao ano passado.

Desde então, 650 crianças foram separadas dos pais na fronteira com o México, indicaram os Serviços de Alfândega e Protecção de Fronteiras dos EUA.

Jeff Sessions não foi, contudo, o único membro da Administração Trump a recorrer à Bíblia para justificar as duras políticas. Há uma semana, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, defendeu que é "bíblico fazer cumprir a lei". "A separação de famílias ilegais estrangeiras é produto das mesmas lacunas que os democratas se recusam a fechar, e essas leis são as mesmas e têm estado nos livros há mais de uma década, e o presidente está simplesmente a reforçá-las", disse Sanders.

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O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.