Resultados preliminares indicam que uma maioria absoluta só deverá ser possível em coligação.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, reivindicou esta terça-feira a vitória do seu partido e aliados nas eleições gerais, mas com uma maioria parlamentar reduzida, o que já foi caracterizado pela oposição como "castigo".
REUTERS/Adnan Abidi
A Índia confiou na coligação no poder "pela terceira vez consecutiva", escreveu Modi na rede social X (antigo Twitter), acrescentando que continuará o "bom trabalho realizado na última década para continuar a satisfazer as aspirações do povo".
"Este é um facto histórico na história da Índia", frisou Modi, numa referência à sua terceira vitória eleitoral consecutiva.
Depois de alguns analistas e as sondagem à boca das urnas anteverem uma vitória clara de Modi e do seu partido nacionalista hindu, o Partido Bharatiya Janata (BJP), os resultados preliminares indicam que uma maioria absoluta só deverá ser possível em coligação.
O Congresso, principal partido da oposição indiana, deverá quase duplicar o seu número de assentos parlamentares, graças, sobretudo, a acordos para apresentar candidatos individuais.
"Os eleitores castigaram o BJP", declarou à imprensa Rahul Gandhi, uma das principais figuras do Congresso, que foi reeleito com uma vantagem de mais de 364.000 votos no círculo de Wayanad, no sul do país.
Com 99% dos votos contados, o BJP e os seus aliados estão a liderar com pelo menos 291 lugares. A maioria na câmara baixa do parlamento (denominada Lok Sabha) é garantida com 272 lugares, de um total de 543.
O BJP está a liderar com apenas 239 lugares, de acordo com os resultados parciais, um valor inferior ao alcançado em 2019 quando conquistou 303 lugares.
O Congresso, por outro lado, soma 99 assentos, em comparação com os 52 garantidos há cinco anos.
Na sede do BJP, já se celebra a vitória, segundo relataram as agências internacionais.
Modi foi reeleito deputado pelo círculo eleitoral de Varanasi, a sua terceira vitória.
No país mais populoso do mundo, o escrutínio, que teve início a 19 de abril, envolveu quase 970 milhões de eleitores, mais de 10% da população mundial.
A taxa de participação nas eleições gerais na Índia, que foram apelidadas como o maior exercício democrático à escala mundial, situou-se, em média, nos 66%, de acordo com os dados oficiais.
O escrutínio decorreu em sete fases, que se prolongaram por seis semanas.
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