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As circunstâncias do incêndio registado em 2017 em que morreram 72 pessoas estão a ser alvo de um inquérito público.
O português Miguel Alves, morador e vítima do incêndio na torre Grenfell, emLondres, concordou hoje com as críticas feitas à atuação dos bombeiros, mas aguarda a segunda parte do inquérito para identificar os responsáveis pela tragédia.
"Apesar de muito tempo de espera, o relatório veio ao encontro daquilo que estávamos a pensar. O 'stay put policy' [diretriz para ficar quieto], que era de manter as pessoas dentro dos apartamentos fechadas, falhou redondamente. Essa falha fez com que houvesse mais mortos na torre", afirmou à agência Lusa.
As circunstâncias do incêndio registado em 2017 em que morreram 72 pessoas estão a ser alvo de um inquérito público, cujo relatório parcial publicado hoje identifica "falhas graves' na resposta dos bombeiros.
O presidente da comissão de inquérito apontou em particular para a decisão dos bombeiros de pedirem aos moradores que permanecessem nas suas habitações, depois do início do incêndio, pouco antes da 01:00 (mesma hora em Lisboa), antes de mudar a estratégia às 02:47.
"Esta decisão poderia e deveria ter sido tomada entre a 01:30 e a 01:50 e provavelmente teria causado menos mortes", salientou Martin Moore-Bick.
Miguel Alves lamenta que muitos dos seus vizinhos tenham seguido as instruções dos bombeiros até não terem mais hipótese de saírem das suas casas com vida e critica sobretudo o comando pelas ordens que deu aos bombeiros no local.
"A partir de uma certa altura em que o fogo saiu daquele apartamento e da maneira como estava a espalhar-se pelo prédio inteiro, deviam ter ido para o plano B, que era evacuar toda a gente. Não estavam treinados para isso. Mas tinham de fazer o melhor possível", afirmou.
O português acredita que, mesmo se existia um risco de alguns habitantes morrerem durante a fuga, o número de vítimas mortais poderia ter sido menor.
Miguel Alves vivia no 13º. andar com mulher e dois filhos e viu o início do incêndio na madrugada de 14 de junho quando regressava a casa, dando o alerta aos vizinhos do mesmo andar.
Advertiu também a família Gomes, no 21.º andar, que desafiaram as diretivas dos bombeiros e iniciaram uma fuga pelas escadas cheias de fumo já depois das 04:00, resultando na intoxicação de uma das duas filhas e da mulher, que estava grávida.
O filho Logan Gomes foi dado como nado morto aos sete meses de gestação.
"Eles tiveram receio de sair e estavam à espera que os bombeiros dessem a luz verde. À segunda vez que eu telefonei eu disse: 'Vocês têm de sair senão não têm hipótese, vocês vão morrer aí. Para quem estava a ver de fora, só havia essa solução, que era evacuar, mesmo que custasse a vida a muita gente", contou.
Miguel Alves, que se tem desdobrado em entrevistas aos meios de comunicação britânicos enquanto um dos mais ativos da associação de vítimas, espera que o governo implemente de imediato as recomendações feitas no relatório publicado hoje para que "não haja um segundo Grenfell".
Aguarda também o resultado da segunda fase do inquérito, esperada apenas para o próximo ano, e em que será analisada a legislação sobre os materiais de construção e os critérios para a escolha da cobertura inflamável do edifício.
"Vamos ver quem foi o responsável pelo que aconteceu, o revestimento que foi colocado por fora, porque é que foi escolhido aquele, se foi por uma questão económica ou outras questões. Alguém tem de responder e ir a tribunal por isso", afirmou.
Um debate hoje na Câmara dos Comuns sobre o relatório foi precedido por um minuto de silêncio em homenagem às vítimas, após o qual o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, prometeu implementar medidas já identificadas para a habitação social e construção civil em geral.
"Pedi aos funcionários responsáveis pela implementação das recomendações que me deem atualizações regulares e frequentes sobre o seu progresso. Não permitirei que as lições desta tragédia caiam no esquecimento", vincou.
Português vítima do incêndio na torre Grenfell aponta falhas no socorro
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