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O país está na 29.ª posição do ranking de 2016 de 176 países sobre níveis de corrupção no sector público. Desceu um lugar
Portugal desceu um lugar e ficou na 29.ª posição do rankingde 2016 de 176 países sobre níveis de corrupção no sector público elaborado pela Transparency International (TI), ao obter uma pontuação de 62 pontos em 100 possíveis.
Segundo informação hoje divulgada por aquela Organização Não Governamental anti-corrupção, Portugal situa-se agora na 29.ª melhor posição noranking, tendo porém, perdido um lugar em comparação com o ano passado, quando tinha alcançado 63 pontos.
Dinamarca e Nova Zelândia (90 pontos em 100) são os primeiros classificados do ranking, seguidos da Finlândia (89 pontos).
O ranking global revela a ligação entre a corrupção sistémica e a desigualdade social e apresenta uma escala em que 100 significa "muito transparente" e 0 significa "muito corrupto".
Numa leitura dos resultados, a direcção da Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC), representante em Portugal da TI, considera que "uma variação de um ponto em 100 não é estatisticamente significativa", mas realça que este resultado revela que "Portugal está estagnado no combate à corrupção".
Nos últimos cinco anos, observa a TIAC, o scorede Portugal não variou dos 62 ou 63 pontos e cada ano que passa "tem sido uma oportunidade perdida para fazer avanços no combate à corrupção e ganhar a confiança de observadores e investidores estrangeiros, tão necessária à nossa recuperação económica e desenvolvimento social".
Na perspectiva da TIAC, sem esse progresso no combate à corrupção, Portugal continuará condenado "à anemia económica e incapaz de atrair verdadeiro investimento estrangeiro, que de facto crie emprego e riqueza e não se limite à especulação ou ao branqueamento (de capitais) facilitados por programas como os vistos Gold, que têm um impacto muito reduzido na criação de emprego, na inovação ou na criação de valor".
"A estagnação de Portugal não pode satisfazer-nos, sobretudo sabendo quanto as percepções de corrupção influenciam a confiança operadores económicos e inibem o investimento", reforçou a TIAC.
A Transparência e Integridade refere que, numa altura em que existe no parlamento português uma Comissão Eventual dedicada ao reforço da transparência na vida pública, Portugal precisa de aproveitar esta oportunidade para, "não só reforçar a regulação, mas sobretudo implementar mecanismos eficazes de monitorização e controlo que garantam a defesa intransigente do interesse comum nos negócios públicos".
No entender da TIAC, de nada vale alterar as regras se depois Portugal não investir na sua "efectiva aplicação".
O Índice de Percepções de Corrupção, publicado anualmente pela TI, é o principal indicador global sobre os níveis de corrupção no sector público de cada país, medidos a partir das percepções de especialistas externos e de organizações internacionais.
O pior classificado dorankingglobal continua a ser a Somália (10 pontos), antecedida do Sudão do Sul (11 pontos) e Coreia do Norte (12 pontos).
Segundo a TIAC, em termos globais, o Índice de Percepções de Corrupção de 2016 revela a ligação próxima entre corrupção sistémica e desigualdade social, sendo de assinalar que dos 176 países analisados, 69% estão abaixo dos 50 pontos.
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