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Peru investiga alegadas violações de menores indígenas

25 de maio de 2018 às 09:09
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O caso começou com a denúncia feita por uma das professoras da comunidade Kusu Chapi, depois de dois estudantes terem afirmado que estavam a ser vítimas de abusos sexuais por parte do padrasto.

O Ministério da Educação do Peru pediu na quinta-feira às autoridades competentes do país que investigassem as denúncias de alegadas violações de menores indígenas de uma comunidade nativa da Amazónia peruana.

O Ministério da Mulher e das Populações Vulneráveis anunciou já que elementos do Centro de Emergência Mulher de Bagua, capital da província à qual pertence o município de Imaza, deslocaram-se até à comunidade nativa Kusu Chapi para dar apoio legal, social e psicológico às alegadas vítimas.

O caso começou com a denúncia feita por uma das professoras da comunidade Kusu Chapi, situada no município de Imaza, pertencente à região norte de Amazonas, depois de dois estudantes terem afirmado que estavam a ser vítimas de abusos sexuais por parte do padrasto.

A este, somaram-se mais 20 casos, entre eles 17 raparigas e dois rapazes, cujas mães também afirmaram terem sido vítimas de violência sexual.

O Ministério da Educação enviou uma delegação ao local para garantir o serviço educativo a todos os estudantes e para apoiar a docente e as mães que fizeram as denúncias.

O mesmo Ministério já exortou os pais e todos os membros da comunidade nativa de Kusu Chapi "a não permanecerem calados e a denunciar estes actos repudiáveis, para que sejam esclarecidos e se sancionem com rigor os responsáveis".

Após a denúncia inicial, a docente foi objecto de perseguições por parte de alguns habitantes da comunidade e algumas das crianças deixaram de assistir às aulas, segundo informações dos 'media' locais e do director regional da Educação, Edgar Julca.

Neste momento está a decorrer uma investigação policial, solicitada pela autoridade judicial local, depois dos factos terem sido divulgados pela Direcção regional de Educação.

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