Um argelino é suspeito de ter desencadeado um ataque com faca em França, que resultou em cinco feridos e um morto. A vítima é de nacionalidade portuguesa. Trata-se de Lino de Sousa Loureiro, que estaria em França desde 1993.
No passado sábado (22), umataque com faca em Mulhouse, França, provocou um morto e cinco feridos, apenas num espaço de "10 minutos".
REUTERS/Marco Trujillo
Eram 15h40 (14h40 de Lisboa), quando um indivíduo armado com uma faca e uma chave de fendas feriu gravemente dois agentes num parque de estacionamento, enquanto gritava "Allahu Akbar". O suspeito conseguiu ainda matar uma pessoa num mercado. Dez minutos depois após os primeiros tiros, os agentes da polícia municipal conseguiram finalmente deter o homem, explicou o ministro do Interior, Bruno Retailleau.
"Fizeram-no com um sangue frio absolutamente notável", detalhou o ministro. "Porque o indivíduo era, evidentemente, muito, muito perigoso (...) e dirigiu-se a um polícia que tirou a sua arma. Ele só não disparou porque o seu camarada o avisou: havia um ambiente, a hora, muita gente, o mercado. Ele preferiu guardar a arma e neutralizaram-no com um cassetete. Isso demonstra um grande profissionalismo, sangue frio e muita coragem."
Após a detenção, foram montados quatro perímetros de segurança nos locais dos ataques, mas também onde ocorreu a detenção do suspeito. Para esta operação, foram destacados vários polícias, assim como militares da Operação Sentinela. No mercado, a polícia municipal tentou proteger os vários vestígios de sangue. No local, encontravam-se também várias viaturas dos bombeiros.
Quem é o suspeito?
O suspeito trata-se de Brahim A., um argelino de 37 anos que teria a obrigação de se retirar do território francês e que sofria de perturbações psicológicas, segundo o ministro do Interior.
Sabe-se que era um conhecido da polícia e que estava registado para efeitos de prevenção do terrorismo, tendo sido imediatamente levado sob custódia policial.
O homem já havia sido detido por suspeitas de terrorismo. Recentemente, esteve em prisão domiciliária em Mulhouse, onde era obrigado a apresentar-se todos os dias na esquadra da polícia.
A procuradoria nacional anti-terriorista anunciou agora a abertura de uma investigação por "homicídio associado a uma empresa terrorista". Na manhã deste domingo, quatro pessoas estavam sob custódia policial, acrescentou a procuradoria sem dar mais detalhes.
Quem são os feridos?
As primeiras pessoas a serem atacadas pelo suspeito foram dois agentes que se encontravam num parque de estacionamento. Ambos foram hospitalizados com carácter de urgência, contudo, um deles, o que tinha ferimentos no tórax, pôde sair do hospital ainda naquela noite.
O outro, que apresentava ferimentos no pescoço, deverá ser transferido para um hospital em Colmar, ainda este domingo, informou o jornal francês Le Parisien. De acordo com o presidente da Câmara de Mulhouse, este último não apresenta risco de vida.
Os outros três feridos são agentes da polícia municipal e conseguiram intercetar o suspeito. Sofreram ferimentos mais ligeiros.
Quem é a vítima?
Segundo o Correio da Manhã, a vítima é Lino de Sousa Loureiro, um português de 69 anos que estaria a fazer compras neste mercado quando foi atacado. Natural de Ermesinde, estava em França desde 1993.
"Um civil que interveio morreu", declarou o procurador nacional de anti-terrorismo. Segundo o ministro Bruno Retailleau "não sabemos se estava no caminho por acaso ou se agiu corajosamente ao intervir".
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