A subida de preços do mercado imobiliário no país está a chamar a atenção para um tipo de casas que dificilmente teria saída, de imóveis "assombrados" a locais onde aconteceram crimes.
Jiko bukken é o nome dado no Japão a propriedades estigmatizadas, casas onde ocorreram assassinatos, suicídios ou onde se façam sentir atividades paranormais. Também podem ser propriedades perto de áreas violentas, construídas em cima de poços ou perto de incineradoras, crematórios ou depósitos de lixo, bem como casas com historial de prática de cultos, acidentes ou incêndios. Em suma: são casas com más energias e, teoricamente, difíceis de vender ou arrendar. Pelo menos, foi assim durante as últimas décadas. Agora, tudo está a mudar, noticia a agência Reuters.
De acordo com o xintoísmo, religião nativa do Japão, quando alguém morre com arrependimentos, o seu espírito fica a pairar, em especial junto ao local onde a morte aconteceu. E quando isso acontecia num apartamento, a venda ou arrendamento tornava-se bastante complicada. Com a crescente procura por apartamentos no centro das principais cidades (e o consequente aumento dos preços), esses receios começaram a desaparecer. Um apartamento com uma área de 70 metros quadrados aumentou, em menos de um ano, cerca de 650 euros por mês, de acordo com a imobiliária japonesa Tokyo Kantei.
Em busca de uma solução, o consultor imobiliário e investigador de fenómenos paranormais, Kazutoshi Kodama, começou a analisar vários apartamentos. Num deles, uma idosa tinha sido encontrada enforcada e, anos depois, o filho também morreu sozinho, só sendo encontrado cerca de 10 dias depois - em 2024, houve quase 22 mil casos de pessoas que morreram em casa sendo descobertos apenas uma semana depois.
Kodama passou 20 dias no espaço, monitorizando tudo com câmaras de vídeo, sensores térmicos e medidores de campos eletromagnéticos, termómetro e gravadores de som. No final, emitiu um certificado que garante a casa estar livre de fantasmas, o que aumenta logo a procura, em especial por parte de clientes mais novos. Os valores que, anteriormente, estavam 80% abaixo do preço de mercado, estão agora apenas com desconto de 20%, tal a procura pelas melhores localizações.
Stanislav Kogiku/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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