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Nas redes sociais russas, a guerra 'Z' é uma “operação” contra “chacais neonazis”

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 08 de março de 2022 às 07:00

VK e Telegram têm sido usados como caixa de ressonância da narrativa do Kremlin. Para os russos, sem acesso a notícias ocidentais, soldados ucranianos são "terroristas" e russos como "defensores" – e colocam um Z na fotografia de perfil para mostrar apoio a Putin.

Na manhã de domingo, 6 de março, estava prevista a retirada de civis durante um cessar-fogo. A trégua no corredor humanitário não foi cumprida: ao invés de serem retiradas 200 mil pessoas, como planeado, só saíram 300. Entre trincheiras opostas, os respetivos canais de informação emitem diferentes versões da mesma guerra. Enquanto a Câmara Municipal de Mariupol acusou os russos de terem continuado a bombardear a cidade durante o cessar-fogo, a agência de notícias russa Interfax apontou o dedo às forças ucranianas.

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