O ministro da Justiça brasileiro disse que não será candidato às presidenciais de 2022 "por questões de lealdade", acrescentando que apoiará o presidente do país, Jair Bolsonaro, em caso de recandidatura.
O ministro da Justiça brasileiro, Sergio Moro, disse esta sexta-feira que não será candidato às presidenciais de 2022 "por questões de lealdade", acrescentando que apoiará o presidente do país, Jair Bolsonaro, em caso de recandidatura.
"Eu digo ao presidente que essas notícias sobre uma eventual candidatura minha são intrigas. Ele sabe que eu não vou ser candidato. Primeiro por uma questão de dever, de lealdade. Como é que você entra no Governo e vai concorrer com o político que o convidou para participar no executivo?", questinou Moro, numa entrevista publicada hoje pela revista Veja.
"Também não me vou filiar ao [partido] Podemos, nem vou ser candidato a vice. Não tenho perfil político-partidário. O meu candidato em 2022 é o presidente Bolsonaro e pretendo fazer um bom trabalho como ministro até ao fim", referiu ainda o ex-juiz e atual responsável pela pasta da Justiça.
Ao longo da entrevista, Moro comentou ainda as recentes polémicas que colocaram em causa a Lava Jato, maior operação contra a corrupção no país.
O atual ministro da Justiça e ex-juiz, Sergio Moro, assim como membros do grupo de trabalho da operação Lava Jato estão envolvidos num escândalo, conhecido como "Vaza Jato", que começou em 9 de junho, quando o 'site' The Intercept Brasil e outros ‘media’ parceiros começaram a divulgar reportagens que colocam em causa a imparcialidade daquela operação.
Baseadas em informações obtidas de uma fonte que não foi identificada, e entregues ao jornalista norte-americano e fundador do The Intercept Brasil, Glenn Grennwald, estas reportagens apontam que Moro terá orientado os procuradores da Lava Jato, indicado linhas de investigação e adiantado decisões enquanto era juiz responsável por analisar os processos do caso em primeira instância.
Moro voltou a dizer que não há "ilegalidade" nessas mensagens, culpando a imprensa pelas proporções que o escândalo atingiu.
"No caso das mensagens divulgadas pelo The Intercept Brasil e por outros veículos, mesmo que elas fossem verídicas, não haveria nelas nenhuma ilegalidade. Onde está a contaminação de provas? Não há. É uma questão de narrativa. Houve, sim, exagero da imprensa. Esse episódio está todo sobredimensionado", argumentou o governante à Veja.
Moro acrescentou ainda que "nada vai mudar o facto de que a Operação Lava Jato alterou o padrão de impunidade da grande corrupção. As pessoas sabem diferenciar o que é certo do que é errado", disse.
O ex-juiz afirmou também ter sido vítima de teorias da conspiração e que nunca pensou em pedir demissão do cargo após a polémica.
"Toda a relação de trabalho tem os seus altos e baixos. A minha relação com o Presidente é muito boa, ótima. Nunca cheguei perto de pedir demissão. As pessoas inventam histórias. Sei que é mentira, o chefe de Estado sabe que é mentira. Não sei direito de onde essas intrigas saíram", concluiu em entrevista à revista Veja.
Numa sondagem divulgada pelo Instituto Datafolha no início do mês passado, Moro surgia como o ministro mais popular do executivo liderado por Bolsonaro, chegando mesmo a ultrapassar os valores do mandatário.
Sergio Moro ficou conhecido por ter sido o juiz da Operação Lava Jato na primeira instância e o responsável por condenar dezenas de empresários, ex-funcionários da estatal petrolífera Petrobras e políticos, como o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Moro nega candidatura às presidenciais brasileiras e diz que apoiará Bolsonaro em 2022
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.