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Moçambique viveu, desde outubro, um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas por Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais de 09 de outubro, que deram vitória a Daniel Chapo.
O ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane pediu esta terça-feira, durante o Oslo Freedom Fórum, apoio internacional para o partido Anamalala, força política por ele fundada e que aguarda pela sua legalização na justiça moçambicana.
EPA/LUISA NHANTUMBO
"Moçambique precisa da vossa ajuda (...) Vamos precisar da vossa ajuda para este partido porque, até agora, é a única voz em Moçambique que ainda resiste face a um regime opressor que já abocanhou tudo", declarou Venâncio Mondlane, durante a sua apresentação no Oslo Freedom Fórum (OFF), que decorre na capital da Noruega.
Mondlane, que liderou a maior contestação aos resultados eleitorais em Moçambique desde as primeiras eleições multipartidárias (1994), avançou com a constituição do partido Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo (Anamalala) em 03 de abril deste ano, conforme requerimento entregue no Ministério da Justiça, em Maputo, pelo seu assessor.
Anamalala é uma expressão da língua local macua, da província de Nampula, no norte de Moçambique, com o significado de "vai acabar" ou "acabou", usada pelo antigo candidato presidencial Venâncio Mondlane durante a sua campanha eleitoral e que igualmente se popularizou durante os protestos por si convocados.
"Anamalala, no meu país, é uma palavra de esperança", declarou Mondlane.
Na sua apresentação, o ex-candidato Presidencial lembrou que já foi membro da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), mas dissociou-se após perceber que o partido no poder em Moçambique desde a independência (1975) se transformou numa "organização criminosa".
"O meu pai foi presidente de uma das principais seguradoras do país. Eu via a Frelimo como uma coisa pura e imaculada (...) Mas fui vendo que este partido destruiu o meu país e tornou-se numa verdadeira organização criminosa. Desiludi-me", declarou Mondlane.
O político voltou a acusar as autoridades moçambicanas de recorrerem a brutalidade para travar os protestos pós-eleitorais, destacando a morte, durante as manifestações, de quase 400 pessoas, incluindo o seu advogado, Elvino Dias, assinado por desconhecidos em 19 de outubro do ano passado.
"O nosso país está de luto", acrescentou Mondlane.
Moçambique viveu, desde outubro, um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas por Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais de 09 de outubro, que deram vitória a Daniel Chapo.
Segundo organizações não-governamentais que acompanham o processo, cerca de 400 pessoas perderam a vida em resultado de confrontos com a polícia e cessou após o encontro entre Venâncio Mondlane e Daniel Chapo, em 23 de março.
Mondlane esteve entre os principais oradores do Oslo Freedom Forum (OFF), ao lado de nomes como o opositor russo Vladimir Kara-Murza, preso político libertado em 2024, e Pavel Durov, fundador e presidente executivo (CEO) do Telegram, investigado por cumplicidade em atividades criminosas e que participou virtualmente após a justiça francesa rejeitar o seu pedido para viajar até Oslo.
O Oslo Freedom Fórum é organizado pela Fundação dos Direitos Humanos (HRF, na sigla inglesa).
Fundado em 2009, o OFF é realizado anualmente, com o objetivo reunir figuras, incluindo ex-chefes de Estado, vencedores do Prémio Nobel da Paz, prisioneiros políticos e outras personalidades para debater ideias sobre direitos humanos e expor ditaduras.
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