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Moçambique vai avaliar transparência na ajuda às vítimas do ciclone Idai

03 de abril de 2019 às 13:24
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Decisão surgiu depois do presidente, Filipe Nyusi, ter repudiado o desvio de bens destinados às vítimas, defendendo a responsabilização das pessoas envolvidas nessas práticas.

A Assembleia da República deMoçambiqueaprovou, esta quarta-feira, a criação de um grupo de trabalho formado por deputados para avaliar a transparência na assistência às vítimas do cicloneIdaino centro do país.

O grupo de trabalho, aprovado por consenso entre as três bancadas da AR, será formado por deputados da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade (CACDHL) e pela Comissão dos Assuntos Sociais, do Género, Tecnologias e Comunicação Social.

A medida foi aprovada por requerimento da bancada da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, à direção do parlamento, na sequência de alegações de falta de transparência na distribuição da ajuda às vítimas do ciclone.

Na semana passada, o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, repudiou o desvio de bens destinados às vítimas do ciclone Idai, defendendo a responsabilização das pessoas envolvidas nessas práticas.

Na segunda-feira, o secretário-geral da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, Roque Silva, advogou uma punição exemplar a pessoas envolvidas no desvio de víveres destinados às vítimas.

"Aqueles que meterem mão naquilo que as organizações e pessoas de bem estão a doar para mitigar o sofrimento da população serão levados a tribunal e punidos exemplarmente", declarou Roque Silva.

Hoje, em declarações aos jornalistas, a porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades Naturais (INGC), Rita Almeida, assegurou que toda a ajuda para as vítimas das calamidades naturais tem chegado aos beneficiários.

"A assistência às vítimas não é um processo fechado, envolve muitas pessoas e isso garante-nos que, efetivamente, não vai ser um grupo individualizado que vai gerir estes produtos", declarou Rita Almeida.

A porta-voz do INGC assinalou que a canalização do apoio às pessoas afetadas pelas calamidades naturais conta com o acompanhamento de várias entidades governamentais, sociedade civil e comunidade internacional.

O registo oficial da população afetada pelo ciclone Idai e pelas cheias no centro de Moçambique ultrapassou hoje a fasquia de um milhão de pessoas, anunciaram as autoridades do país.

A população afetada é de 1,3 milhões, segundo os dados INGC, que mantém o número total de 598 mortos e 1.641 feridos desde que a tempestade assolou a região, há três semanas.

O grupo de pessoas afetadas inclui todas aquelas que perderam as casas, precisam de alimentos ou de algum tipo de assistência.

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