Decisão surgiu depois do presidente, Filipe Nyusi, ter repudiado o desvio de bens destinados às vítimas, defendendo a responsabilização das pessoas envolvidas nessas práticas.
A Assembleia da República deMoçambiqueaprovou, esta quarta-feira, a criação de um grupo de trabalho formado por deputados para avaliar a transparência na assistência às vítimas do cicloneIdaino centro do país.
O grupo de trabalho, aprovado por consenso entre as três bancadas da AR, será formado por deputados da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade (CACDHL) e pela Comissão dos Assuntos Sociais, do Género, Tecnologias e Comunicação Social.
A medida foi aprovada por requerimento da bancada da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, à direção do parlamento, na sequência de alegações de falta de transparência na distribuição da ajuda às vítimas do ciclone.
Na semana passada, o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, repudiou o desvio de bens destinados às vítimas do ciclone Idai, defendendo a responsabilização das pessoas envolvidas nessas práticas.
Na segunda-feira, o secretário-geral da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, Roque Silva, advogou uma punição exemplar a pessoas envolvidas no desvio de víveres destinados às vítimas.
"Aqueles que meterem mão naquilo que as organizações e pessoas de bem estão a doar para mitigar o sofrimento da população serão levados a tribunal e punidos exemplarmente", declarou Roque Silva.
Hoje, em declarações aos jornalistas, a porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades Naturais (INGC), Rita Almeida, assegurou que toda a ajuda para as vítimas das calamidades naturais tem chegado aos beneficiários.
"A assistência às vítimas não é um processo fechado, envolve muitas pessoas e isso garante-nos que, efetivamente, não vai ser um grupo individualizado que vai gerir estes produtos", declarou Rita Almeida.
A porta-voz do INGC assinalou que a canalização do apoio às pessoas afetadas pelas calamidades naturais conta com o acompanhamento de várias entidades governamentais, sociedade civil e comunidade internacional.
O registo oficial da população afetada pelo ciclone Idai e pelas cheias no centro de Moçambique ultrapassou hoje a fasquia de um milhão de pessoas, anunciaram as autoridades do país.
A população afetada é de 1,3 milhões, segundo os dados INGC, que mantém o número total de 598 mortos e 1.641 feridos desde que a tempestade assolou a região, há três semanas.
O grupo de pessoas afetadas inclui todas aquelas que perderam as casas, precisam de alimentos ou de algum tipo de assistência.
Moçambique vai avaliar transparência na ajuda às vítimas do ciclone Idai
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