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Moçambique: o salvador com um cadastro inquietante

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 17 de outubro de 2021 às 10:00

O exército ruandês de Paul Kagame trouxe paz ao Norte do país a braços com as milícias islamistas. Mas mais abaixo, em Maputo, há dissidentes ruandeses desaparecidos ou assassinados a tiro no meio da rua, em emboscadas de filme.

Em Moçambique circulam vários vídeos de soldados ruandeses, fardados, a pilar milho para fazer farinha para a xima, a base da alimentação local. À volta, mulheres moçambicanas assistem sorridentes ao exercício. A imagem seria impensável há pouco tempo: nem o clima de guerra nem o temor dos próprios soldados nacionais, de Moçambique, permitiriam aquele à-vontade. Mas muito mudou desde a chegada do contingente de 1.000 soldados enviados pelo Ruanda em julho. Mocímboa da Praia foi reconquistada em agosto aos insurgentes islamistas e o exército ruandês começou até a organizar o regresso de alguns refugiados perseguidos pela violência das milícias extremistas nos últimos quatro anos.

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