Legislação implicará penas mais duras para motins nas prisões, ocupações de casas e ações de desobediência civil, como o bloqueio de estradas.
Milhares de pessoas manifestaram-se hoje em Roma para protestar contra um controverso decreto de segurança promovido pelo Governo da extrema-direita de Giorgia Meloni.
Stefano Porta/LaPresse via AP
O texto acaba de ser validado na Câmara dos Deputados como uma moção de confiança, um estratagema frequente quando se tenta acelerar a tramitação de uma lei no Parlamento italiano, e no dia 12 de junho chegará ao Senado para a sua votação final.
O protesto foi apoiado por delegações dos principais partidos da oposição, como o Partido Democrático (PD), o Movimento 5 Estrelas (M5S) e a Aliança Verde e Esquerda (AVS, na sigla em italiano), bem como por sindicatos e numerosas organizações.
Durante o protesto, foram erguidas faixas com os dizeres "Levantar a cabeça contra o estado de medo" e "Meloni, vai embora", e entoada a palavra de ordem "Contra um Governo de fascistas, até à vitória".
Os organizadores esperavam que cerca de 20 mil pessoas participassem na marcha, que foi acompanhada por um grande destacamento policial. Uma marcha anterior, realizada em 26 de maio, terminou em confrontos entre polícias e manifestantes.
Entre outras medidas, a legislação em causa implicará penas mais duras para motins nas prisões, ocupações de casas e ações de desobediência civil, como o bloqueio de estradas, e introduzirá novos tipos de crimes tipificados como terrorismo.
"Estamos a manifestar-nos contra um decreto perigoso que nasce apenas para fazer propaganda e para mostrar a face mais forte desta direita", denunciou o porta-voz do PD no Senado, Francesco Boccia, aos meios de comunicação social à chegada à manifestação.
O líder da Aliança Verde e Esquerda, Nicola Fratoianni, advertiu que o diploma "não reforça de forma alguma a segurança dos cidadãos" e que "apenas comprime os espaços de dissidência".
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.