"A Covid-19 é uma mentira, não somos todos ‘covidotes’", indicavam cartazes exibidos pelos participantes, provenientes de todo o país.
Milhares de croatas concentraram-se hoje em Zagreb num protesto contra as medidas impostas pelas autoridades para combater a propagação do novo coronavírus, que segundo os manifestantes atentam contra a sua liberdade e os direitos humanos.
"A covid-19 é uma mentira, não somos todos ‘covidotes’", ou ainda "Tirem a máscara, apaguem a televisão, vivam plenamente a vossa vida", indicavam alguns dos cartazes exibidos pelos participantes, provenientes de todo o país.
A iniciativa foi designada "Festival da liberdade" pelos organizadores, membros da sociedade civil para quem as medidas governamentais "restringem os direitos fundamentais e as liberdades dos cidadãos" sem "base médica ou legal válida", mas impondo "o distanciamento físico e a privação do contacto físico".
No Facebook, o ministro da Saúde, Vili Berros, reagiu ao referir que não pode aprovar "uma abordagem não científica da covid-19".
"Todas as restrições temporárias apenas têm um objetivo: proteger a saúde e as vidas dos cidadãos croatas. E isso conseguimos", acrescentou.
O país de 4,2 milhões de habitantes registou nos primeiros meses de pandemia menos de 100 contaminações por dia, com uma significativa redução de casos a partir de meados de maio.
No entanto, o número de contaminações aumentou após a reabertura das fronteiras da Croácia ao turismo, ultrapassando os 200 casos diários em agosto e atingindo um recorde de 369 novas infeções na quinta-feira.
Desde meados de julho, o Governo de Zagreb impôs o uso obrigatório de máscara nos transportes públicos, estabelecimentos comerciais e todos os serviços em contacto com clientes. O número de pessoas permitidas em ajuntamentos varia segundo as regiões.
A Croácia, que integra a União Europeia, registou até ao momento cerca de 12.000 casos de coronavírus e 197 mortes relacionadas com a doença, indicam os dados oficiais.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 875.703 mortos e infetou mais de 26,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (187.777) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 6,2 milhões).
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (41.527 mortos, mais de 340 mil casos), seguindo-se Itália (35.534 mortos, mais de 276 mil casos), França (30.724 mortos, mais de 309 mil casos) e Espanha (29.418 mortos, perto de meio milhão de casos).
Portugal contabilizou até hoje 1.838 mortos em cerca de 60 mil casos de infeção.
Milhares de manifestantes em Zagreb contra restrições anti-pandemia
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."