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Número revela décadas de maus-tratos por chefes deste grupo que, até recentemente, eram vistos como modelos a seguir.
Mais de 81.000 pessoas afirmam ter sofrido abusos sexuais nas mãos da organização Boy Scouts of America (escoteiros norte-americanos), um número que revela décadas de maus-tratos por chefes deste grupo que, até recentemente, eram vistos como modelos a seguir.
De acordo com as informações publicadas neste domingo pelo New York Times, esse número continua a crescer, na véspera de terminar o prazo para denúncias num tribunal de falências no Estado de Delaware, onde os escoteiros pediram falência este ano para tentar sobreviver à vaga de denúncias.
Paul Mones, um dos advogados envolvidos em casos contra os escoteiros durante quase duas décadas, assinalou que a prevalência de abusos detalhados nos casos apresentados é impressionante, mas que pode refletir apenas uma fração do número real de vítimas.
"Eu sabia que havia muitos casos. Nunca pensei que chegaria perto deste número", afirmou Mones ao jornal.
A avalanche de ações, aproximadamente 81.500 hoje, é uma tarefa monumental para o caso de falência, com o qual os escoteiros pretendem reorganizar e estruturar um fundo de compensação para as vítimas, sendo que o juiz decretou um prazo para registar queixas de abuso, neste caso até 16 de novembro.
Na declaração de falência, os escoteiros afirmam ter ativos no valor de mil milhões de euros, mas também um rede de conselhos locais que possuem centenas de acampamentos e outras propriedades em todo o país, nas margens de lagos ou vales, onde os jovens recebem formações de exploração ou valores éticos.
Em comunicado, a Boys Scouts of America disse estar "devastada pelo número de vítimas afetadas por abusos no passado" e que por essa mesma razão iniciaram um processo acessível para os sobreviventes reivindicarem indemnizações.
"A resposta que vimos dos sobreviventes foi devastadora", insistiu a organização, que pediu perdão.
Fundados em 1910, os escoteiros expandiram-se depois de receber um Carta do Congresso, em 1916, que detalhava os valores do escotismo como o "patriotismo, bravura e independência", pelos quais se guiaram várias gerações de rapazes norte-americanos.
Segundo a organização, mais de 130 milhões de escoteiros passaram pelos seus programas ao longo da história, incluindo personalidades como o antigo presidente John F. Kennedy, o astronauta Neil Armstrong, o ícone de direitos civis Ernest Green ou o realizador de cinema Steven Spielberg.
Atualmente, a organização conta com cerca de 2,2 milhões de membros, embora o número esteja em constante declínio desde que atingiu o pico na década de 1970, de cerca de cinco milhões.
Por isso mesmo, em 2017, a organização decidiu começar a aceitar raparigas, algo que piorou o seu relacionamento com a Girls Scouts of America ("Raparigas Escoteiras da América").
De acordo com os documentos internos da organização, já nas primeiras décadas de existência dos escoteiros foram denunciados problemas de abusos, nos quais haveria centenas de "degenerados" que serviam como chefes de escoteiros.
Mais de 81 mil queixas de abuso contra maior organização de escoteiros dos EUA
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