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Madrid vai confinar as zonas onde há mais casos de Covid-19

17 de setembro de 2020 às 13:39
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A capital espanhola é a região mais afetada pela pandemia no país. Por esse motivo, vai tomar medidas "mais drásticas", como o "confinamento seletivo".

Os números da Covid-19 continuam a aumentar em Espanha - só na quarta-feira foram registados 11.193 novos casos - e Madrid é a região mais afetada. Por esse motivo,vai tomar medidas "mais drásticas" para travar o avanço da pandemia: uma delas é o "confinamento seletivo" em áreas da cidade com uma maior incidência do vírus. 

As medidas, que incluem restrições à mobilidade, irão muito provavelmente afetar os bairros do sul da cidade com forte presença da classe trabalhadora, onde as taxas de contágio do vírus têm vindo a aumentar de forma constante desde agosto, explicou na quarta-feira o conselheiro-adjunto da Saúde regional, Antonio Zapatero, em conferência de imprensa.

O responsável explicou que, embora a situação na região de Madrid seja de crescimento sustentado do nível de infeções, é necessário antecipar e considerar "todo o tipo de medidas".

Num mapa da cidade, o ABC mostra quais as zonas mais afetadas pela Covid-19.

No próximo fim-de-semana, as medidas serão detalhadas, pretendendo-se baixar a curva do número de pessoas infetadas, porque existe um "relaxamento" do comportamento dos cidadãos que "não se pode permitir".

Zapatero esclareceu que "tecnicamente" não se deve falar de confinamento, mas salientou que, dada a situação epidemiológica na região, as autoridades devem "dar um passo em frente na linha do confinamento seletivo nas áreas de maior incidência".

Por outro lado, a entrada em vigor das novas medidas será imediata, "pode ser no domingo ou na segunda-feira".

A capital de Espanha está inserida numa região que tem 6,6 milhões de habitantes, onde se têm verificado quase um terço das novas infeções diárias do país: durante a última semana o número de novos contágios parece ter-se estabilizado numa média de 8.200 por dia.

Os casos de coronavírus em Espanha já ultrapassaram os 600 mil e já houve mais de 30 mil mortes desde o início da pandemia.