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Líder do Estado Islâmico teve a hipótese de se render

Lusa 04 de fevereiro de 2022 às 07:51
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O Pentágono norte-americano adiantou que Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi "suicidou-se e matou a sua família sem lutar", e que foi-lhe dada a "opção de sobreviver".

O líder do grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI), Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, teve oportunidade de se render perante as forças especiais norte-americanas, antes de se fazer explodir, revelou na quinta-feira o chefe do Comando Central (CENTCOM).

Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi
Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi Reuters

"Ele suicidou-se e matou a sua família sem lutar, enquanto estávamos a tentar comunicar-lhe a oportunidade de se render e dar-lhe a opção de sobreviver", referiu o general Kenneth McKenzie.

"Devido à explosão no segundo andar, as forças norte-americanas descobriram o emir do EI morto no chão, do lado de fora do prédio", acrescentou.

O responsável do CENTCOM, adiantou ainda que a "análise de impressões digitais e DNA confirmaram" a identidade de al-Qurayshi.

Um ataque das forças especiais dos EUA no noroeste da Síria matou esta quinta-feira al-Qurayshi, o principal líder do grupo Estado Islâmico (EI), tinha anunciado o Presidente norte-americano, Joe Biden.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), os soldados norte-americanos desembarcaram de helicóptero perto de acampamentos para deslocados na localidade de Atmeh, na província de Idlib, e 13 pessoas, incluindo quatro mulheres e três crianças, morreram nos confrontos.

O Iraque assegurou na quinta-feira que a operação dos norte-americanos contra o líder do EI foi possível graças às informações fornecidas pelos seus serviços de inteligência.

O porta-voz do comandante das Forças Armadas iraquianas, Yehia Rasul, explicou, num breve comunicado, que a intervenção militar contra o líder do EI ocorreu "depois que o Serviço Nacional de Inteligência iraquiano ter fornecido à coligação internacional informações precisas que permitiram chegar à localização" do alvo.

Na sua comunicação, Biden insinuou que todas as baixas civis se deveram às ações de al-Qurayshi, assegurando que o objetivo da operação era "enviar uma mensagem clara aos terroristas em todo o mundo".

Al-Qurayshi não recorreu "simplesmente a um colete" com explosivos, mas decidiu "explodir" o terceiro andar do edifício onde se escondia, "matando com ele vários membros da sua família", acrescentou o Presidente norte-americano.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.