Em dois meses, instalou-se o medo e o silêncio. Vieram a par dos raptos, das estátuas de Lenine e da televisão de Moscovo em exclusivo.
Igor Kolykhaev, presidente da câmara de Kherson, cidade sob ocupação militar russa desde 2 de março, escreveu a 25 de abril no seu Facebook: "Esta noite homens armados entraram na câmara municipal. Levaram as chaves e substituíram o pessoal da segurança. Eu tinha saído às 7h45 da tarde - a bandeira ucraniana ainda voava sobre o gabinete do presidente da câmara." Agora, já não: deu lugar à russa. Os funcionários do edifício foram mandados para casa. No dia seguinte, os ocupantes russos promoveram uma cerimónia no local, em que instituíram os novos dirigentes da cidade e do oblast (região) de Kherson. Volodymyr Saldo, ex-presidente da câmara entre 2002 e 2012, apoiante da ocupação russa desde o início, foi nomeado governador regional. Oleksander Kobets, ex-agente do KGB na era soviética, e do SBU, os serviços secretos ucranianos, em tempos de governos pró-Rússia, reformado, com processos por dívidas relativas a negócios duvidosos, é o novo presidente da câmara. A agência russa Ria Novosti noticiou que o anterior autarca foi deposto porque "recusou-se a colaborar". Ironicamente, Kobets chegou a trabalhar como seu motorista. Mas o deposto Kolikahev teve apesar de tudo sorte: não foi rapado, como aconteceu com vários colegas no Sul (em Melitopol, Beryslav ou Prymorsk).
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Os municípios portugueses têm tido um papel fulcral na promoção da saúde, do bem-estar e da inclusão. E é justamente neste âmbito que se destaca o contributo que a psicologia como ciência e profissão pode dar no cumprimento e na otimização dessa missão.
Quem rasga as vestes pelo perigo que o Chega possa representar para o regime não pode colocar-se na mesma posição e tentar, do outro lado, subverter o amado regime para travar o Chega.
O discurso de Donald Trump na AG da ONU foi um insulto às Nações Unidas, uma humilhação para Guterres, uma carta aberta a determinar a derrotada da Ordem Internacional Liberal, baseada no sistema onusiano. Demasiado mau para passar em claro, demasiado óbvio para fingirmos que não vimos.