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Khashoggi: Polícia turca termina buscas à residência do cônsul saudita

As autoridades terminaram as buscas à residência do cônsul saudita em Istambul no quadro das investigações sobre o desaparecimento do jornalista Jamal Khashoggi no passado dia 2 de Outubro.

A polícia turca terminou esta quinta-feira de madrugada as buscas à residência do cônsul saudita em Istambul no quadro das investigações sobre o desaparecimento do jornalista Jamal Khashoggi no passado dia 2 de Outubro.

O canal de televisão da Turquia NTV emitiu imagens dos agentes da unidade de investigação que abandonavam a casa por volta das 05:00 (02:00 em Lisboa) transportando caixas de cartão e sacos.

As autoridades turcas efectuaram na passada segunda-feira uma busca ao consulado que se prolongou durante nove horas.

O consulado fica localizado a 200 metros da residência do cônsul.

A autorização de Riade para que pudessem ser efectuadas buscas na residência do diplomata só foi emitida na noite de terça-feira, no mesmo dia em que o cônsul Mohamed Otaibi abandonou a Turquia com destino à Arábia Saudita.

Khashoggi, jornalista saudita residente nos Estados Unidos desde o ano passado era uma das vozes mais críticas do regime de Riade.

As imagens captadas pelas câmaras de segurança mostram que o jornalista entrou no consulado no passado dia 2 de Outubro para obter um documento para casar com uma cidadã turca, mas não é visto a sair do edifício.

De acordo com as notícias publicadas na Turquia e que se fundamentam nas imagens das câmaras de vigilância, no mesmo dia em que o jornalista desapareceu, uma coluna de seis veículos saiu do consulado em direcção à residência do cônsul.

O jornal New York Times e a estação CNN noticiaram na segunda-feira que a Arábia Saudita vai reconhecer que o jornalista no consulado durante um interrogatório que "correu mal".

Segundo o jornal, cinco dos 15 suspeitos de assassinato são próximos do príncipe herdeiro da Arábia Saudita.

Na terça-feira, a CNN noticiou, citando uma fonte turca, que Jamal Khashoggi foi assassinado no interior do consulado saudita de Istambul tendo o cadáver sido desmembrado para ser retirado do edifício.

Editorial

Só sabemos que não sabemos

Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres