A polícia moçambicana deteve em Manica uma jovem indiciada de envenenar outra mulher para se desfazer de um casamento polígamo, num caso passional que está a intrigar as autoridades.
A polícia moçambicana deteve emManica(centro do país) uma jovem indiciada de envenenar outra mulher para se desfazer de um casamento polígamo, num caso passional que está a intrigar as autoridades, disse esta quinta-feira à Lusa fonte da corporação.
A jovem, de 20 anos, terá alegadamente introduzido uma porção de veneno para matar ratos e baratas num chá que serviu à rival, com quem partilhava o lar há cinco dias num subúrbio da cidade de Manica, na província com o mesmo nome, disse Mateus Mindu, porta-voz do comando provincial da polícia local.
"As duas viviam em casas separadas e a jovem convidou a rival para passarem a viver juntas e no quinto dia dessa convivência, na quarta-feira, envenenou-a com uma porção não quantificada de 'ratex'", explicou Mateus Mindu.
A vítima deixou cinco filhos e era a mais velha nocasamentopolígamo.
"A jovem alega que não queria partilhar o marido", precisou Mateus Mindu, sobre a motivação do crime, adiantando que o que "suscita curiosidade é o recurso violento usado para se apropriar do homem [marido]".
Em declarações à Lusa, Cecília Ernesto, ativista social da organização não-governamental Levanta Mulher e Siga o Seu Caminho (Lemusica), defendeu que a violência no caso reflete "traços de transtorno antissocial", que tem aumentado em jovens submetidos a casamentos polígamos.
Em Manica são comuns casamentos polígamos, a maioria arranjados por seitas religiosas, que defendem a prática, mas alguns são desfeitos em conselhos familiares e outros anulados em tribunais.
Jovem envenenou mulher para se desfazer de casamento polígamo
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."