No Japão os homens ainda representam 90% dos deputados e ministros. Além disso, é um dos apenas sete países onde o empoderamento político das mulheres diminuiu desde 2017.
Representantes dos G7 reuniram-se no fim de semana passado na cidade de Nikko, a norte de Tóquio, numa cimeira sobre igualdade de género e empoderamento feminino para debater temas como violência sexual, direitos LGBT ou como reduzir a desigualdade económica e de representação em altos cargos.
Jiji Press/Getty Images
Como em todas as cimeiras do G7, os líderes tiraram uma fotografia em conjunto. Contudo, a fotografia expôs uma fragilidade do país que acolhe o grupo este ano. Masanobu Ogura, ministro de Estado, representou o Japão na cimeira onde foi o presidente e o único homem.
Questionado pelos jornalistas sobre como se sentia sendo o único homem na reunião, Masanobu Ogura defendeu que ainda é necessário que os líderes masculinos demonstrem o seu forte entusiasmo pela igualdade de género. No entanto o Japão é o país do G7, constituído maioritariamente por democracias ocidentais, onde a defesa dos direitos das mulheres e LGBT ainda está mais atrasada.
Este fator ganhou ainda mais preponderância uma vez que a cimeira ocorreu poucos dias depois do Fórum Económico Mundial ter divulgado o últimoÍndice Global de Desigualdade de Género. Este índice foi criado para avaliar o estado da paridade de género na participação e oportunidade económicas, desempenho educacional, saúde e sobrevivência e empoderamento político e, este ano, revelou que o Japão se encontra em 125º lugar entre 146 países. A Alemanha encontra-se em 6º lugar, o Reino Unido em 15º, Canadá em 30º, França em 40º, Estados Unidos em 43º e Itália em 79º, o que significa que o Japão ocupa a posição mais baixa entre os membros do G7.
A Islândia é o país com maior igualdade de género. Portugal ficou em 32.º lugar.
Atualmente, os homens ainda representam 90% dos deputados e ministros no Japão e além disso é um dos apenas sete países onde o empoderamento político das mulheres diminuiu desde 2017.
No ramo empresarial existem apenas 11,4% de responsáveis que são mulheres, número que o primeiro-ministro Fumio Kishida prometeu aumentar para 30% até 2023.
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