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Irão promete "dura vingança" contra "criminosos" que mataram comandante

03 de janeiro de 2020 às 16:59
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"O comandante Haj Qassem Soleimani era uma fonte de dignidade não só para os iranianos mas para todos os muçulmanos e oprimidos em todo o mundo", defende Conselho de Segurança do Irão.

O Irão prometeu vingar-se depois da morte de Qassem Soleimani, o comandante morto por um ataque dos EUA. Num comunicado, o Conselho de Segurança do Irão garante que os "criminosos" que mataram o comandante das forças Quds vão sofrer uma "dura vingança".

No comunicado, traduzido no Twitter pelo jornalista da BBC Sameer Hashmi, o Conselho indica: "Como o supremo líder disse na sua mensagem, a dura vingança espera os criminosos que sujaram as mãos com o sangue puro de Soleimani.  Estes criminosos vão enfrentar a vingança severa no sangue dos críticos de Soleimani no tempo e sítio certos. Sem dúvida, a linha da jihad e persistência vão continuar mais motivadas e a árvore da resistência tornar-se-á mais próspera a cada dia. O comandante Haj Qassem Soleimani era uma fonte de dignidade não só para os iranianos mas para todos os muçulmanos e oprimidos em todo o mundo."

Extracts from Iran National Security Council's statement

'As the supreme leader said in his message, hard revenge awaits the criminals who smeared their dirty hands with the pure blood of Suleimani.' 1/n #Iran

A embaixada dos EUA no Iraque instou os seus cidadãos a deixar o país imediatamente e recomendou que o fizessem preferencialmente de avião, de acordo com um alerta divulgado logo a seguir ao ataque.

O ataque reivindicado pelo Pentágono, que declarou ter sido ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.

O ataque já suscitou várias reações, tendo quatro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas -- Rússia, França, Reino Unido e China - alertado para o inevitável aumento das tensões na região e pedem as partes envolvidas que reduzam a tensão.

O quinto membro permanente do Conselho de Segurança da ONU são os Estados Unidos.

No Irão, o sentimento é de vingança, com o Presidente e os Guardas da Revolução a garantirem que o país e "outras nações livres da região" vão vingar-se dos Estados Unidos.

Também o líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, prometeu vingar a morte do general e declarou três dias de luto nacional, enquanto o chefe da diplomacia considerou que a morte como "um ato de terrorismo internacional".

Do lado iraquiano, o primeiro-ministro iraquiano demissionário, Adel Abdel Mahdi, advertiu que este assassínio vai "desencadear uma guerra devastadora no Iraque" e o grande ayatollah Ali al-Sistani, figura principal da política iraquiana, considerou o assassínio do general iraniano Qassem Soleimani "um ataque injustificado" e "uma violação flagrante à soberania iraquiana".

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.