"Dezenas" de mortes depois do ataque a Mykolaiv

Ainda não há dados oficiais, mas há vários relatos de dezenas de mortos depois do ataque russo à cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia. 

O deputado ucraniano e presidente do Conselho Regional de Odessa, Oleksiy Honcharenko, contou à BBC que o ataque causou "dezenas de mortos". "Infelizmente tivemos um grande ataque, de mísseis, em Mykolaiv. Dezenas de pessoas foram mortas."

"Dezenas ficaram feridas e estamos a falar de mísseis balísticos", acrescentou.

Mykolaiv é mais uma das cidades ucranianas que se encontra cercada pelas tropas russas e sob fortes ataques. Esta é uma cidade chave no plano da Rússia para conquistar Odessa, a terceira cidade ucraniana, que tem sido uma fortaleza contra os invasores.

"Mikolaiv tem lutado ferozmente por terra e tem mantido o território. Como a Rússia não a consegue tomar começou a semear o terror contra as populações, civis", apontou Honcharenko.

Linha elétrica da central de Zaporizhzhia foi restaurada

Foi restaurada uma das linhas elétricas da central nuclear de Zaporizhzhia que estavam em baixa deste que foi tomada pelas forças russas.

A maior central nuclear da Europa tinha três das cinco linhas elétricas danificadas ou, pelo menos, desligadas, há duas semanas - ou seja, quando as forças russas tomaram as instalações depois de um forte ataque aéreo.

A agência de notícias ucranianaInterfax anunciou esta sexta-feira que os especialistas ucranianos repararam uma das linhas danificadas.
 

EUA receiam que China ajude a Rússia com armamento

Mesmo depois da conversa telefónica entre os presidentes dos EUA e da China, a administratação Biden continua preocupada que Pequim possa ajudar no pedido russo de equipamento militar.

"Temos essa preocupação. O presidente detalhou as consequências que a China iria sofrer se desse material para apoiar a Rússia nos seus ataques brutais contra cidades e civis ucranianos. E isso é algo que vamos estar atentos e o mundo também", referiu a porta-voz da Casa Branca Jen Psaki.

Já entraram dois milhões de refugiados ucranianos na Polónia

A Polónia anunciou, esta sexta-feira, que o número de refugiados ucranianos a atravessa a fronteira já ultrapassou os 2 milhões. A Polónia tem ainda 38 pontos de acolhimento criados para receber quem foge da guerra.

Acrescenta ainda a embaixada da Polónia em Lisboa que cerca de 700 mil crianças ucranianas em idade escolar se encontram no país. Destas, cerca de 70 mil já se encontram inscritas nas escolas polacas.

Há progressos na neutralidade da Ucrânia, mas não da "desnazificação", diz negociador russo

O líder das negociações de paz russo admitiu, esta sexta-feira, que existem avanços nas conversações com Kiev sobre a desmilitarização do país. Porém, mantém-se o impasse quanto a exigência de Moscovo de "desnazificação" do seu vizinho.

Vinte e dois dias depois do início da guerra e de conversas presenciais e por vídeoconferência, Vladimir Medinsky adiantou que os dois países "estão a meio caminho" na questão da Ucrânia se tornar neutral, escreve a Reuters.

"Na desnazificação, a situação é um bocado estranha porque os nossos colegas ucranianos do outro lado da negociação consideram que não existem formações nazis na Ucrânia e que esse não é um problema na Ucrânia moderna", acrescentou.

Quando invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro, Putin falou numa operação militar especial com o objetivo de desmilitarizar e "desnazificar" o país vizinho. Um país que teve eleições livres, onde acabou eleito o presidente Volodymyr Zelensky, que é judeu.

Nas negociações, a Rússia tem levantado a questão de que as forças armadas ucranianas "permitem formações nazis" com os seus próprios símbolos, formação e ideologia. "Acredito que vamos voltar a esta questão sempre", admitiu Medinsky.

Macron e Putin ao telefone. Rússia está "a fazer todos os possíveis" para preservar civis

Os presidentes francês e russo voltaram a falar esta sexta-feira por telefone. Emmanuel Macron deixou claras as suas preocupações com os ataques a civis e em especial à situação que se vive em Mariupol, cidade cercada, quase sem água e comida, sem eletricidade e fortemente bombardeada.

"Reagindo às preocupações do presidente Emmanuel Macron, o presidente russo sublinhou que as forças armadas russas, incluídas na operação militar especial, estão a fazer todos os possíveis para preservar a vida dos civis", referiu o Kremlin, depois da chamada telefónica entre os dois governantes.

Acrescentando que Vladimir Putin informou ainda o homólogo francês da abordagem russa para um possível acordo que ponha fim às hostilidades, sem, no entanto, dar mais pormenores sobre essa abordagem.

109 carrinhos de bebé vazios para lembrar as crianças mortas

A praça central de Lviv, cidade da Ucrânia que ainda não foi palco de intensos combates, encheu-se de carrinhos de bebé vazios para recordar as crianças mortas durante a ofensiva russa, que decorre desde 24 de fevereiro. Ao todo, são 109 os carrinhos vazios. Um por cada criança morta.

Putin proíbe residentes russos de comprar ações de empresas estrangeiras

O Presidente russo, Vladimir Putin, proibiu esta sexta-feria, por decreto, residentes de comprar ações de empresas estrangeiras até 31 de dezembro sem autorização expressa do Banco Central, como medidas contra "ações hostis" do Ocidente.

O decreto presidencial, publicado no 'site' do Kremlin, dá ao conselho de administração do Banco Central da Rússia (BCR) o poder de estabelecer o valor das operações de pagamento antecipado de residentes a pessoas físicas e jurídicas estrangeiras.

O BCR também determinará o valor das transferências de contas em entidades bancárias russas de não residentes registados em países hostis para contas de não residentes de Estados que não tenham realizado ações hostis contra a Rússia.

Além disso, o regulador também estabelecerá os valores das transferências de contas de não residentes que sejam de Estados que não realizam ações hostis para contas abertas em países hostis.

Este poder do BCR estende-se também às transferências sem abertura de contas e à compra de moeda estrangeira por pessoas coletivas não residentes.

O decreto presidencial estabelece que o regulador pode isentar os exportadores da obrigação de vender 80% da moeda estrangeira obtida com as vendas externas.

No passado dia 08, o Governo russo adotou uma lista de países e territórios hostis, que inclui EUA e Canadá, todos os países membros da União Europeia (UE), Reino Unido, Ucrânia, Montenegro, Suíça, Albânia, Andorra, Islândia, Liechtenstein, Mónaco, Noruega. São Marino, Macedónia do Norte, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Micronésia, Nova Zelândia, Singapura e Taiwan.

ONU: Pelo menos, 816 civis já morreram na Ucrânia

O gabinete de direitos humanos da ONU reconheceu a morte de, pelo menos, 816 civis e 1.333 feridos desde o início do conflito na Ucrânia, a 24 de fevereiro.

O número de mortes e feridos será provavelmente mais elevado, admite a própria ONU, que neste momento tem uma equipa no terreno para poder verificar precisamente o número de baixas civis que estão a resultar deste conflito que resultou da invasão da Rússia à Ucrânia. Porém, os peritos ainda não conseguiram entrar em algumas das cidades mais afetadas, como Mariupol.

A maioria das vítimas mortais resultou de explosivos, como bombardeamentos e artilharia pesada ou sistemas de mísseis.

Congelada uma conta bancária com 242 euros em Portugal devido a sanções à Rússia

As sanções à Rússia levaram ao congelamento de apenas uma conta bancária, em Portugal, de uma pessoa, com 242 euros, da lista da União Europeia com cerca de 700 entidades alvo de sanções, disse hoje fonte da banca à Lusa

ONU alerta que reservas de água e alimentos em Mariupol estão quase esgotadas

As reservas de água e alimentos em Mariupol, cidade sitiada por tropas russas há duas semanas no sudeste da Ucrânia, estão a esgotar-se e praticamente nenhuma ajuda humanitária foi autorizada a entrar na área, alertou hoje a ONU.

"A única maneira de ajudar Mariupol é através de comboios humanitários, que até agora não conseguiram entrar" na zona, disse Jakob Kern, coordenador de emergência para a Ucrânia do Programa Alimentar Mundial (PAM), numa conferência de imprensa por videoconferência a partir de Cracóvia, na Polónia.

Outras cidades parcialmente cercadas, como Kharkiv, Kiev, Odessa ou Sumy, recebem ajuda da agência das Nações Unidas, que mobilizou suprimentos para alimentar três milhões de pessoas por um mês, disse o responsável do PAM.

A organização humanitária já conseguiu enviar 12.000 toneladas dessa ajuda para diferentes áreas da Ucrânia e outras 8.000 toneladas aguardam em países próximos para poder entrar naquele país.

Bruxelas pede controlos nas fronteiras da UE para evitar tráfico de crianças

A Comissão Europeia emitiu hoje diretrizes operacionais para os Estados-membros da União Europeia (UE) aplicarem a diretiva de proteção temporária para acolher refugiados ucranianos que fogem da guerra, pedindo controlos rápidos nas fronteiras para prevenir tráfico de crianças.

"As orientações ajudarão aqueles que chegam [à UE] a ter um nível consistente e eficaz de direitos e permitirão aos Estados-membros assumirem as suas novas responsabilidades", indica o executivo comunitário em informação à imprensa.

Numa altura em que se estima que mais de três milhões de pessoas fugiram do país, metade das quais crianças e adolescentes (com menos de 18 anos), a Comissão Europeia aconselha os países, entre outras coisas, a que os menores não acompanhados "devam ser imediatamente nomeados com um tutor legal ou representação apropriada".

Em concreto, Bruxelas pede ao primeiro país de entrada na UE que verifique a "identidade das crianças e a dos adultos com quem as crianças continuam a sua viagem" e realize "controlos rápidos […] para prevenir e detetar possíveis casos ou riscos de abuso ou tráfico de seres humanos".

Von der Leyen e Zelensky "juntos" no caminho da Ucrânia para a UE

Presidente ucraniano esteve reunido por videoconferência com a líder da Comissão Europeia, que lhe garantiu que o caminho para a Ucrânia fazer parte da UE "já começou".

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Ucrânia anuncia morte de coronel russo

O Ministério da Defesa da Ucrânia avançou que soldados ucranianos "eliminaram" o coronel Sergei Sukharev, um dos principais comandantes dos paraquedistas das forças militares russas.

Segundo Kiev, Sukharev participou na Batalha de Ilovaysk em 2014, onde terá cometido crimes de guerra.

Ukrainian soldiers eliminated commander of 331st airborne regiment of russian army, colonel Sergei Sukharev.  He took part in the Battle of Ilovaysk in 2014, where he committed a war crime. The Last Judgment to announce its verdict soon.#UAarmy #stoprussia

Putin acusa Ucrânia de "arrastar" negociações de paz

O presidente russo escolheu a mesma narrativa do Kremlin e, em conversa com o chanceler alemão, disse que Kiev está a "tentar todas as maneiras possíveis para empatar o processo de negociação", com propostas "cada vez mais irrealistas". 

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Rússia acusa Ucrânia de arrastar as negociações de paz

A Rússia acusou esta sexta-feira a Ucrânia de arrastar as negociações de paz, dizendo que a delegação russa mostrou mais prontidão para trabalhar que o lado ucraniano.

Citado pelaReuters, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, criticou ainda o presidente dos EUA, Joe Biden, após os seus comentários em que chamou Putin de "ditador assassino". Peskov diz que estes são "insultos pessoais", carregados de "irritação, cansaço e falta de memória".

Biden chama Putin de "ditador assassino" e "puro rufia"

Presidente dos EUA endureceu o discurso na quinta-feira contra o homólogo russo, um dia depois de o chamar de "criminoso de guerra" pela primeira vez desde o início da invasão russa da Ucrânia.

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Biden vai avisar Xi Jinping sobre consequências de apoiar a Rússia

O dia de hoje será marcado pela conversa entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping. Segundo o Secretário do Estado norte-americano Anthony Blinken, Biden irá utilizar esta oportunidade para avisar Xi Jinping sobre as consequências para o país caso apoie a Rússia na invasão à Ucrânia.

Esta será a primeira conversa telefónica dos dois líderes desde o encontro virtual de novembro e vai ser um momento importante para o presidente dos Estados Unidos perceber a posição da China neste conflito.

A reunião está agendada para as 13h e surge depois de seis países - Estados Unidos, França, Albânia, Irlanda, Reino Unido e Noruega – terem acusado a Rússia de crimes de guerra, com Paris a argumentar que Vladimir Putin apenas está a fingir querer negociar um acordo de paz.

Vão abrir nove corredores humanitários esta sexta-feira

A Ucrânia e a Rússia acordaram a abertura de nove corredores humanitários para esta sexta-feira, a partir das cidades de Mariupol, Sumy, Trostyanets, Lebedyn, Konotop, Krasnopillya e Velyka Pysarivka, avança o Kyiv Independent.

Além destes corredores, a Ucrânia pretende entregar ajuda humanitária nas cidades de Balakleya e Izyum, em Kharkiv.

A intenção tinha sido anunciada antes pela vice-primeira ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.

??Ukraine, Russia agree on 9 humanitarian corridors for March 18.

The corridors may start from Mariupol, Sumy, Trostyanets, Lebedyn, Konotop, the settlements of Krasnopillya, and Velyka Pysarivka. Ukraine plans to deliver humanitarian aid to Balakleya and Izyum, Kharkiv Oblast.

Rússia cria zona de exclusão sobre as regiões de Donetsk e Lugansk

A Rússia estabeleceu uma zona de exclusão aérea sobre as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, anunciou esta sexta-feira o representante de um dos autoproclamados estados independentes.

"De um ponto de vista militar, em alguns casos de sistemas de defesa aérea, não precisam de ser decretados por nós, é suficiente se a Rússia controlar os céus, fazendo, digamos, uma cúpula de exclusão aérea sobre as nossas repúblicas", disse Eduard Basurin, em declarações ao canal russo Rossiya-24, citado pela agência noticiosa Interfax.

Questionado sobre se esta zona de exclusão já foi criada e está em prática, Basurin confirmou: "Sim, penso que sim."

Tal significa que qualquer aeronave ucraniana que sobrevoa as regiões poderá ser abatida por forças russas.

Mísseis russos em Lviv atingiram fábrica de manutenção de aeronaves militares

Autoridades ucranianas avançaram que as explosões ouvidas em Lviv aconteceram numa fábrica perto do aeroporto de Lviv, usada na manutenção de aeronaves militares.

Os mísseis das forças russas danificaram ainda uma instalação de reparação de autocarros. Segundo o autarca de Lviv, Andriy Sadovyi, a fábrica tinha suspendido operações antes do ataque e não foi registado qualquer ferido ou vítima mortal

O comando ocidental da Força Aérea ucraniana disse na rede social Facebook que as forças russas lançaram seis mísseis, com destino a Lviv, a partir do mar Negro, mas que dois dos mísseis foram abatidos.

Cerca de 200 mil pessoas refugiaram-se em Lviv, situada a 50 quilómetros da fronteira com a Polónia, mas a cidade tem sido alvo de ataques russos, o pior dos quais matou quase 30 pessoas, num centro de formação nos arredores, no fim de semana.

Guerra pode gerar crise alimentar global, alertam ucranianos na OMC

A Ucrânia pode ser forçada a restringir as exportações de alimentos caso a invasão russa se mantenha, segundo os representantes ucranianos na Organização Mundial do Comércio (OMC) que alertam para uma possível crise alimentar global.

Os representantes da Ucrânia na OMC destacaram, durante as reuniões desta semana do Conselho de Agricultura, que a invasão russa colocou em perigo um dos maiores "celeiros" do mundo.

A Ucrânia, um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, pode ser forçada a restringir as exportações de alimentos se a invasão russa se mantiver, frisaram ainda.

Caso se gere uma crise alimentar global, entre oito a 13 milhões de pessoas podem sofrer de desnutrição no mundo, acrescentaram.

Exército ucraniano diz ter destruído sete aviões russos

As forças armadas ucranianas destruíram, nas últimas 24 horas, sete aviões, um helicóptero, três 'drones' e três mísseis russos, avançou hoje o Comando da Força Aérea da Ucrânia.

"Os caças realizaram vários combates aéreos e atingiram dois alvos aéreos", disseram as Forças Armadas da Ucrânia, num comunicado divulgado na página oficial na rede social Facebook.

"Bombardeiros da Força Aérea e aviões de assalto infligiram fortes golpes em colunas de veículos blindados e veículos que abastecem as forças de ocupação russas", acrescentou.

As Forças Armadas relataram ainda o abate "de mais cinco aeronaves de ocupação (...) A Defesa Aérea também destruiu três 'drones' [aparelhos não tripulados], três mísseis de cruzeiro e um helicóptero".

Explosões ouvidas perto do aeroporto de Lviv

Bom dia.

A Ucrânia acordou esta sexta-feira com bombardeamentos junto ao aeroporto da cidade de Lviv. O autarca confirmou as explosões, através da rede social Telegram, mas garantiu que o aeroporto não foi atacado.

Andriy Sadovy disse ainda que a situação ainda está a ser clarificada e pediu que não sejam partilhadas imagens do local.