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Gelo entre as duas Coreias "está quebrado" considera Portugal

27 de abril de 2018 às 15:25
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"Nestes processos o primeiro passo é o mais difícil e esse primeiro passo está dado", disse Augusto Santos Silva, afirmando estar positivo quanto ao futuro.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português afirmou hoje que "o gelo está quebrado" com a aproximação entre as duas Coreias, mas alertou que os gestos protagonizados pelos dois líderes são apenas o primeiro passo no sentido da paz na península.

"O gelo está quebrado. Nestes processos o primeiro passo é o mais difícil e esse primeiro passo está dado. Portanto, estou optimista", assumiu Augusto Santos Silva.

O chefe da diplomacia portuguesa, que falava à margem da reunião dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, a decorrer hoje em Bruxelas, sublinhou que "os gestos são muito importantes em política externa e nas relações diplomáticas, mas ainda são gestos".

"Há aqui um ato refundador, que é a possibilidade de ter havido uma reunião face a face dos líderes das duas Coreias, mas agora é preciso avançar no sentido de termos resultados concretos, no sentido da paz e da estabilidade na região", completou.

Santos Silva disse que há vários resultados concretos que podem ser alcançados com esta aproximação e o primeiro será o fim formal da guerra da Coreia.

"Mas mais importante é que haja um espaço para que as conversações necessárias entre a Coreia do Norte e outros países muito importantes, como os Estados Unidos, possam fazer-se em condições produtivas e a breve trecho e que possamos avançar todos no sentido da desnuclearização da península da Coreia", indicou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português defendeu ainda que é "muito importante" que a comunidade internacional, designadamente através das Nações Unidas, possa acompanhar este processo.

As duas Coreias vão procurar este ano acabar com a guerra de modo permanente, segundo um comunicado conjunto divulgado hoje no final de uma cimeira histórica, 65 anos após o conflito ter terminado com um armistício.

Os dois vizinhos procurarão com os Estados Unidos e talvez também com a China -- ambos signatários do cessar-fogo, na ausência de um tratado de paz -- "declarar o fim da guerra e estabelecer um regime de paz permanente e sólido", refere o texto.

Os líderes das duas Coreias, Kim Jong-un e Moon Jae-in, acordaram ainda tomar medidas para a "completa desnuclearização" da península coreana.

"O Sul e o Norte confirmaram a sua meta comum de conseguir uma península livre de armas nucleares através da completa desnuclearização", refere a declaração conjunta, assinada por ambos os líderes no final da cimeira.

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