"Entregarei a minha demissão ao Presidente da República amanhã (segunda-feira) de manhã", anunciou Gabriel Attal, afirmando que poderá permanecer no cargo "enquanto o dever o exigir".
O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, afirmou no domingo, dia 8, que tenciona demitir-se depois de a coligação de esquerda surgir nas projeções como vencedora na segunda volta das eleições legislativas.
REUTERS/Sarah Meyssonnier
"Entregarei a minha demissão ao Presidente da República amanhã (segunda-feira) de manhã", anunciou Gabriel Attal, afirmando que poderá permanecer no cargo "enquanto o dever o exigir", nomeadamente no contexto dos Jogos Olímpicos que o país se prepara para acolher.
"Assumirei obviamente as minhas funções durante o tempo que o dever exigir", referiu numa intervenção na residência oficial do primeiro-ministro, depois de as projeções avançarem a Nova Frente Popular com 172 a 215 deputados, enquanto o bloco do Presidente, Emmanuel Macron, poderá contar com 150 a 180 lugares, à frente do partido de extrema-direita União Nacional, com entre 115 e 155 deputados eleitos.
O responsável aproveitou para "felicitar os 577 deputados eleitos".
"Não escolhi esta dissolução, mas recusei-me a submeter-me. Decidimos lutar. Alertei para o risco de uma maioria absoluta da França Insubmissa ou da União Nacional e para o risco de desaparecimento do nosso movimento. Estes três riscos foram afastados pelos franceses. Devemos isso a este espírito francês, apegado aos seus valores", argumentou.
O centro "está vivo e de boa saúde" graças à "determinação" dos seus representantes, sublinhou Attal, notando que o movimento Juntos que apoia terá "três vezes mais deputados do que as estimativas sugeridas no início desta campanha".
Na primeira volta, em 30 de junho, o partido de extrema-direita conseguiu vencer pela primeira vez as eleições legislativas, ao obter 33,1% dos votos e quase duplicar o seu apoio desde que a França elegeu a sua Assembleia Nacional pela última vez, em 2022.
Seguiu-se a aliança de esquerda Nova Frente Popular (que junta socialistas, ecologistas e comunistas e é liderada pela França Insubmissa (LFI), partido de esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon), com 28%.
O Ensemble (Juntos), agrupamento centrista e liberal encabeçado pelo Renascimento, partido do Presidente Emmanuel Macron, obteve 20%.
As legislativas francesas foram convocadas por Macron após a derrota do seu partido e a acentuada subida da União Nacional nas eleições para o Parlamento Europeu de 09 de junho. A escolha de um novo executivo deveria ocorrer apenas em 2027.
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