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Exército alemão registou 234 queixas de assédio e violência sexual

Entre as denúncias, destacam-se 14 casos de violação ou tentativa de violação.

No ano passado, o exército alemão registou 234 queixas de assédio e violência sexual entre as suas fileiras, um aumento de 80% relativamente a 2016, segundo notícias divulgadas este sábado nos jornais do grupo Funke.

Entre as denúncias, destacam-se 14 casos de violação ou tentativa de violação, três vezes mais do que no ano anterior, de acordo com dados do exército.

Porta-voz do Ministério da Defesa alegou que o aumento do número de casos se deve a um "aumento da sensibilidade para o problema" e à revisão dos casos já denunciados.

Em Novembro de 2017, foi tornado público um caso ocorrido numas instalações do exército em Todendorf, no norte da Alemanha, em que um oficial terá abusado de duas mulheres soldado. Este caso está a ser investigado pelo Ministério Público do estado de Kiel.

A notícia saiu na mesma semana em que foram divulgadas várias queixas de assédio e violação contra o director alemão Dieter Wedel, motivadas pelo movimento global #MeToo de denúncia de agressões sexuais contra as mulheres.

O exército alemão foi atingido por vários escândalos nos últimos anos, desde casos de abuso sexual até à permissividade com comportamentos de extrema-direita, passando por problemas com o funcionamento do seu armamento e a operacionalidade dos seus recursos.

Urbanista

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